Como havia anunciado na semana passada, o Ministério da Saúde liberou nesta quinta (31) uma parcela de R$ 45 milhões para ajudar a combater o caos na rede estadual de saúde do Rio de Janeiro. Ao todo, o governo federal se comprometeu a enviar R$ 155 milhões até o dia 10 de janeiro para o estado, conforme o acertado entre a União e o estado.
Na semana passada, foi instalado um gabinete de crise coordenado pelo Ministério da Saúde. A verba irá prioritariamente para a regularização do atendimento de emergência, compra de material hospitalar e combate a focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika.
O governo do estado também obteve empréstimo da prefeitura e receitas do ICMS, o principal imposto estadual, para tentar regularizar a situação no primeiro trimestre de 2016.
O Rio de Janeiro vive uma das piores crises da saúde púbica de sua história. Até a semana do dia 24, em virtude do atraso no pagamento de salários e da falta de materiais e condições adequadas de atendimento, a entrada de novos pacientes estava restrita a casos graves (quando há risco iminente de morte).
Após quase uma semana de unidades estaduais fechadas – inclusive com tapumes – para afastar pacientes, na semana que antecedeu o feriado do natal, o estado obteve na última quarta-feira (23) promessa de ajuda dos governos federal e municipal. Em um dia, as três esferas de governo anunciaram aporte de R$ 297 milhões no setor.
O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) já afirmou que o estado precisa de, pelo menos, R$ 300 milhões para reabrir as emergências e, cerca de R$ 1 bilhão, para regularizar todos os serviços de saúde no estado.
A crise financeira do governo estadual do Rio deixou hospitais sem luvas, esparadrapo, algodão e remédios, para atendimento até de pacientes em situação de emergência. O cenário é resultado da dívida com fornecedores que acumula R$ 1,4 bilhão.
A Prefeitura do Rio emprestou R$ 100 milhões. O governo federal repassou R$ 45 milhões e prometeu envio de itens básicos, como remédios. Pezão disse ter obtido “receitas extras” de R$ 152 milhões para os hospitais.
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