O secretário de Gestão Estratégica e Participação do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, disse hoje que é preciso "bom senso" dos conselhos regionais de medicina na concessão de registros provisórios para que médicos estrangeiros possam atuar no programa federal Mais Médicos.

CARREGANDO :)

"Não podemos, em nome de uma causa corporativa, impedir a população de ter assistência médica", afirmou o secretário, em Santo Antônio de Posse (a 141 km de São Paulo). A cidade, que fica na região metropolitana de Campinas, pediu cinco médicos ao governo federal e vai receber uma profissional de Cuba.

"Cabe aos conselhos [regionais de medicina], que são autarquias federais, cumprir a lei", disse Monteiro sobre a expedição dos registros provisórios. "Espero que o bom senso prevaleça e a lei seja cumprida."

Publicidade

A seis dias da data prevista para os formados no exterior começarem a atuar no Mais Médicos (após o adiamento por uma semana), o governo não conseguiu o registro para nenhum dos 682 profissionais estrangeiros - grupo que inclui 400 médicos cubanos.

Sem o registro, concedido pelos conselhos regionais, os médicos formados no exterior ficam impedidos de trabalhar como médicos no país.

Os conselhos têm 15 dias para expedir o registro a partir da apresentação dos documentos, segundo o governo, mas representantes das entidades médicas afirmam que muitos pedidos não estão sendo apresentados com a documentação necessária.