A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Marília Bulhões, chamou a atenção para a necessidade de os homens tomarem a vacina contra a rubéola. No ano passado, dos 8.683 casos da doença registrados no país, 70% eram pacientes do sexo masculino. Desde o dia 9 de agosto, o governo iniciou campanha para imunizar jovens e adultos de 20 a 39 anos. As informações são da Agência Brasil.

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"A circulação do vírus vai continuar se não conseguirmos impacto na população masculina", disse Marília, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, no sábado. A idéia é que eles não transmitam o vírus para grávidas. A rubéola pode causar má-formação do feto, cegueira, surdez, retardo mental ou problemas cardíacos no bebê. A vacina é, inclusive, contra-indicada para gestantes, pacientes em tratamento quimioterápico, que usam corticóide ou que tenham passado por um transplante de medula óssea há menos de dois anos.

Até o momento, a participação feminina tem superado a masculina. Segundo o último levantamento do ministério, divulgado sexta-feira, 36,3 milhões de brasileiros se vacinaram, sendo 20,2 milhões de mulheres e 16,2 milhões de homens. A meta do ministério é imunizar 70 milhões de pessoas.

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Bulhões alertou que quem já tomou a vacina em outra ocasião pode tomar outra dose agora. "Todos devem se vacinar estando na faixa etária-alvo. Nenhuma vacinação tem 100% de proteção. Então, às vezes, a pessoa é vacinada, mas não consegue a proteção", explicou.

Fronteira

No Paraná, uma das principais áreas de atenção é Foz do Iguaçu. "Queremos intensificar as ações em regiões consideradas frágeis. Para isso, Foz do Iguaçu, município que faz fronteira com a Argentina e o Paraguai, é um forte ponto de referência", disse o secretário Gilberto Martin.

A mobilização na fronteira começou na aduana Brasil/Paraguai e seguiu em carreata até a aduana Brasil/Argentina. Até o meio-dia de sábado, 684 pessoas foram vacinadas antes de sair do Paraguai.