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O Ministério da Saúde determinou a retirada do site do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais um vídeo preparado para a Campanha de Carnaval que mostrava dois jovens gays encontrando-se prestes a manter relações sexuais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que a decisão foi adotada porque o vídeo havia sido feito para apresentação apenas em locais fechados. Mas a própria assessoria da pasta afirma que o material programado para ser veiculado na TV aberta, na próxima semana, era o mesmo que o apresentado no site, apenas mais curto.

A decisão do ministro em determinar a retirada do material foi considerada por organizações não governamentais como um claro sinal de recuo, principalmente diante do passado recente. Em 2011, por decisão do Planalto, o Ministério da Educação teve de voltar atrás e recolher material feito para distribuição nas escolas no combate à homofobia. Meses depois, outra frustração: no Dia Mundial de Aids, dia 1º de Dezembro, depois de anunciar a decisão de fazer uma campanha dirigida aos jovens homossexuais, o governo apresentou peças consideradas pouco eficientes, confusas e superficiais.

Movimentos sociais estranharam o fato de a campanha do carnaval apresentada semana passada até agora não ter sido veiculada na TV aberta. Dentro do próprio programa de aids surgiu a versão de que o material havia sido vetado por determinação do Planalto. O ministro nega. As informações oficiais eram que o material mostrado apresentava incorreções e precisava ser reformado. Entre as incorreções estava a inexistência de legenda. No vídeo apresentado no site do Departamento de Aids, no entanto, as inscrições estão lá. Questionado, o ministro afirmou que no dia 12 a campanha destinada ao público gay estará no ar.

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