O Ministério da Saúde irá mudar os critérios para definir os casos de recém-nascidos com microcefalia. Segundo a reportagem apurou, a medida utilizada para contabilizar os casos, a partir da circunferência da cabeça do recém-nascido, deve passar de menor ou igual a 33 cm para menor ou igual a 32 cm.
Com a mudança, que vale apenas para partos não prematuros, o governo espera agilizar a confirmação dos casos. Hoje, a pasta afirma que há 1.248 casos de bebês com microcefalia em investigação em 13 Estados e no DF.
Já as situações em que o perímetro da cabeça da criança estiver entre 32 cm e 33 cm serão definidas como “casos intermediários”.
Em todos os casos, porém, os bebês passarão por tomografias que verificam a extensão de possíveis complicações no cérebro associadas à má-formação.
Também devem ser feitos testes para verificar se o quadro pode estar associado ao zika ou a outros agentes habitualmente ligados à má-formação do cérebro do bebê, como citomegalovírus, por exemplo.
A nova medida em estudo segue os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS). Até então, o Ministério da Saúde justificava o critério anterior devido à necessidade de definir um parâmetro mais sensível de detecção dos casos, de forma a ampliar a investigação e evitar diagnósticos tardios. Agora, técnicos avaliam a possibilidade de maior “precisão” nas análises.
Ainda não há informação de quantos casos podem ser descartados com o novo parâmetro. A avaliação inicial é que, apesar de haver casos descartados, ainda haverá forte crescimento nas próximas semanas no número de casos notificados no país.
O decreto de emergência nacional em saúde também fica mantido, uma vez que os casos ainda são acima da média registrada -no ano passado, foram 147 registros.
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