O Ministério da Saúde lançou um passo a passo para que faltas de médicos em hospitais públicos e filantrópicos sejam melhor controladas, e as responsabilidades pela ausência de plantonistas sejam apuradas.
Há algumas semanas, causou comoção nacional o caso da menina Adrielly, que foi baleada na cabeça na véspera de Natal, na zona norte do Rio, e teve que esperar 8 horas por uma cirurgia no Hospital Municipal Salgado Filho porque o plantonista escalado havia faltado.
O documento do ministério dá orientação para os gestores e para auditorias locais. Prevê os casos em que os médicos ausentes sem justificativa sejam responsabilizados. E, também, casos em que a responsabilidade pelos plantonistas ausentes não repostos seja creditada à direção do hospital.
Caso Adrielly
O neurocirurgião Adão Crespo Gonçalves, que estaria de plantão na noite em que Adrielly deu entrada no hospital deverá ser indiciado por suspeita de estelionato contra a administração pública e falsidade ideológica. Segundo a delegada Izabela Rodrigues Santoni, ele fraudou a folha de ponto da unidade.
Na semana passada, a direção do Hospital Municipal Salgado Filho exonerou dos cargos de chefia o chefe de equipe do plantão noturno do dia 24 de dezembro, Ênio Eduardo Lopes, e o chefe do setor de Recursos Humanos da unidade, Alexandre Moreira de Carvalho.
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