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A Promotoria de Justiça de Matinhos, Litoral do Paraná, denunciou nesta segunda-feira (5) Sirlei Aparecida Dias por falso testemunho no caso do Crime do Morro do Boi. Ela é funcionária da choperia do irmão de Juarez Ferreira Pinto, condenado em fevereiro pela morte do estudante Osíris Del Corso e por balear Monik Pergorari Lima. Em depoimento, a funcionária teria afirmado que Juarez estava trabalhando no dia e horário do crime.

Em fevereiro de 2009, época em que a Polícia Civil tratava da investigação do crime, Sirlei procurou a Delegacia da cidade e prestou depoimento, dando um álibi ao suspeito. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as investigações apontaram que, ao contrário do que ela afirmou, Juarez não trabalhou no dia do assassinato. A pena máxima no caso de falso testemunho é de quatro anos de reclusão.

O advogado Nilton Ribeiro, que defendeu Juarez e vai representar Sirlei, classificou a denúncia de absurda e despropositada. "Porque o Ministério Público não denunciou o Paulo (Delci Unfried) que tem cinco inquéritos criminais contra ele e vem denunciar uma pessoa inocente e trabalhadora", questionou Ribeiro.

De acordo com o advogado, Sirlei mantém tudo o que disse em seu depoimento. "Já recorremos da sentença e vamos provar a inocência de Juarez. O juiz não pode sustentar uma condenação apenas no testemunha de uma pessoa", afirmou.

Condenação

Em fevereiro, Juarez foi condenado a 65 anos e cinco meses de prisão. Inicialmente ele deverá cumprir a pena em regime fechado e não poderá recorrer em liberdade. A decisão foi proferida pelo juiz substituto da Vara Criminal de Matinhos, Rafael Luís Brasileiro Kanayama.

Juarez pegou 34 de prisão por latrocínio contra Osíris, 22 anos e oito meses por roubo qualificado e lesão corporal grave contra Monik e mais oito anos e nove meses por atentando violento ao pudor, também contra Monik. As penas somadas totalizam os 65 anos e cinco meses de prisão previstos.

Crime

O casal de namorados estava em uma trilha no Morro do Boi no dia 31 de janeiro de 2009 quando foi atacado. Osíris recebeu um tiro no peito e morreu após tentar salvar a namorada Monik que também foi baleada e, posteriormente, violentada. A polícia reconheceu o suspeito após recolher pistas e ouvir depoimentos de Monik.

Juarez Ferreira Pinto foi preso no dia 17 de fevereiro e o caso foi encerrado. Em junho, Paulo Delci Unfried foi preso por invadir uma casa e violentar uma mulher, em Matinhos, e confessou ter matado Osíris e baleado Monik. Paulo Unfried voltou atrás e disse que foi forçado a confessar o crime. Testemunhas foram ouvidas durante todo o ano passado e a sentença foi divulgada em fevereiro.

Veja no infográfico abaixo todas as etapas do crime do Morro do Boi

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