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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou nesta quinta-feira (15) os quatro policiais militares suspeitos de envolvimento no caso Juan. Isaias Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens da Silva são acusados de matar a tiros Igor de Souza Afonso, o menino Juan Moraes Neves, e ferir outros dois jovens, em junho deste ano, em Nova Iguaçu.

Os PMs foram denunciados por dois homicídios duplamente qualificados e duas tentativas de homicídio duplamente qualificado, com agravante por uma das vítimas ser menor de idade e por abuso de poder por parte dos agentes públicos. No documento entregue ao Juízo da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, as promotoras Júlia Costa Silva Jardim e Adriana Lucas Medeiros detalharam o crime de acordo com o inquérito policial e requereram a prisão preventiva dos quatro policiais.

O MPRJ requereu ainda que o Instituto Médico Legal (IML) apresente, no prazo de 72 horas, os originais dos laudos de necropsia e do laudo de exame de DNA de Juan. Entre outras medidas também foi pedido para que todas as operadoras de telefonia informem os dados cadastrais do usuário responsável pelo número de celular que entrou em contato várias vezes com os denunciados na hora do crime.

Na segunda-feira (12), a Polícia Civil concluiu o inquérito do caso Juan e pediu a prisão preventiva dos mesmos quatro policiais militares. Juan Moraes, de 11 anos, e teria morrido durante troca de tiros entre policiais e traficantes. Os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares, e os cabos Rubens da Silva e Edilberto Barros do Nascimento já estão presos temporariamente. No final de agosto, a Justiça do Rio prorrogou por mais 30 dias as prisões temporárias.

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