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Umuarama - O promotor de justiça da Infância e Juventude da comarca de Umuarama, Eduardo Cambi, resolveu ajuizar uma medida protetiva na Justiça local para repatriar o garoto Edyglaison Martins dos Santos, 3 anos. O menino foi retido pela Justiça na Inglaterra e está sob a guarda de uma família inglesa.

A epopéia de Edyglaison começou em setembro do ano passado. Ele vivia junto com o pai, Roberson Tavares dos Santos, 25 anos, e a madrasta, Flávia Aline Boreski, 21 anos, ilegalmente, na Inglaterra. Manchas vermelhas no corpo do menino e sagramentos na boca e no nariz foram suficientes para o casal ser acusado de maus-tratos e ter de fugir do país sem o garoto.

Já no Brasil e de volta à cidade natal, Umuarama, Santos recebeu a notícia de que um exame médico na criança constatou que, na verdade, Edyglaison sofre da Síndrome de Wiskott-Aldrich. Mesmo desfeita a suspeita de maus-tratos, as autoridades inglesas não permitiram o retorno do garoto ao Brasil. Para voltar ao país, a Justiça inglesa quer a garantia de que o tratamento de saúde a que Edyglaison está sendo submetido na Inglaterra terá continuidade aqui.

Após ler a matéria publicada na edição de ontem da Gazeta do Povo, o procurador de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança e do Adolescente do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Luiz Francisco Fontoura, entrou em contato com Cambi. "Primeiro decidimos realizar um processo de investigação de caráter judicial com a finalidade de tentar a repatriação do menino", explica Fontoura. Ontem, Cambi entrevistou Santos em busca de mais informações sobre o caso. Além disso, está estudando tratados internacionais para elaborar o pedido. "Estou convencido de que o caso terá um desfecho positivo", afirma o promotor.

Itamaraty

Cambi pretende ajuizar a medida protetiva no fórum de Umuarama na próxima semana. Só depois do despacho do juiz, o caso é encaminhado para o Ministério da Justiça, que pede a interferência do Ministério das Relações Exteriores, que, por sua vez, comunica a chancelaria britânica. Só aí é a que Justiça inglesa deve avaliar o caso. De acordo com informações da assessoria de imprensa do Itamaraty, a Justiça britânica é eficiente e, quando o caso chegar lá, a decisão deverá ser rápida.

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