O Ministério Público do Espírito Santo afirmou que irá abrir um inquérito civil para apurar os impactos sociais e ambientais causados pela lama da barragem da Samarco, que se rompeu na quinta-feira (5), em Mariana (MG), em municípios capixabas.
Os Bombeiros e o Governo de Minas Gerais recuaram na confirmação de que um segundo corpo encontrado no sábado (7), no rio Doce, estava ligado ao rompimento das barragens. Ontem, o Corpo de Bombeiros havia confirmado que a vítima – um homem ainda não identificado – havia sido localizado na barragem da hidrelétrica.
No entanto neste domingo (8), em entrevista coletiva, Bombeiros e governo estadual voltaram atrás e disseram que não era possível dizer que o óbito estava relacionado ao acidente.
Segundo o órgão, uma equipe de técnicos deve visitar nesta segunda-feira (9) as cidades de Baixo Gandu, Colatina e Linhares, que estão no curso do rio Doce, atingido pela lama.
“A previsão é que o nível do rio suba até um metro e meio e que o município de Colatina tenha o abastecimento de água suspenso em razão da lama na água do rio Doce”, afirmou a Promotoria.
Prejuízo
Os municípios capixabas afetados deverão, por orientação da Ministério Público, preparar laudos discriminando gastos com o prejuízo e atividades de emergência para que, posteriormente, sejam ressarcidos pela Samarco, responsável pela barragem que se rompeu em Mariana.
A mineradora afirmou, por meio de uma nota, que monitora “permanentemente” a mancha que avança pelo rio Doce e que está coletando amostras da água.
“A Samarco está tomando todas as providências possíveis para mitigar os impactos ambientais gerados e, em caso de necessidade, auxiliar as prefeituras e as comunidades em eventuais ocorrências”, afirmou. A empresa, ressaltou, porém, que “concentra seus esforços no atendimento às pessoas atingidas”.
A mineradora anunciou ainda que irá paralisar momentaneamente suas atividades na cidade de Anchieta, no Espírito Santo, ao final do estoque de minério, mas não especificou quando isso deverá ocorrer.
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