O Ministério da Saúde vai investir R$ 5,5 milhões para financiar pesquisas sobre homofobia (aversão a homossexuais) e violência contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Os recursos também serão usados em estudos para monitorar a prevalência do HIV e da sífilis em homossexuais, prostitutas e usuários de drogas. As pesquisas serão feitas em parceria com o Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC).
O projeto vai financiar 29 trabalhos desenvolvidos por instituições, universidades, serviços de saúde e organizações não-governamentais brasileiras. A maioria vai abordar preconceito, criminalidade, linguagens usadas em livros didáticos e na mídia e intervenções na área de direitos humanos sobre homofobia e violência, entre outros temas.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), Tony Reis, o grupo Dignidade vai apoiar todos os projetos. Ele pretende se associar ao sociólogo Pedro Bodê e à pedagoga Araci Asinelli da Luz, ambos pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Pedro Bodê, coordenador do Centro de Estudos em Segurança Pública da UFPR, afirmou que vai aceitar o convite. "Isso tem relação com o trabalho que eu faço estudar a violência contra as chamadas minorias", disse.
Os projetos poderão ser enviados até o dia 9 deste mês, pelo correio ou diretamente na representação do UNODC, em Brasília. Os editais estão disponíveis no endereço eletrônico www.aids.gov.br/chamadasdepesquisa. (JNB)