Nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo.| Foto: Ricardo Stuckert/PR
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A nova ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, tomou posse do cargo nesta sexta-feira (27) em uma solenidade no Palácio do Planalto com a presença do presidente Lula. Na ocasião, ela afirmou que pretende reverter a visão de que “direitos humanos é coisa de bandido”.

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“Infelizmente na nossa sociedade brasileira, muita gente tem concepção que direitos humanos é uma coisa de quem defende bandido. A gente tem um desafio fundamental para construir a ação destes ministérios. A gente precisa entender a tensão entre afirmação e negação dos direitos humanos”, declarou. 

A deputada estadual do PT assumiu o posto do ex-ministro Silvio Almeida, que foi demitido do cargo no ínicio de setembro, após o surgimento de denúncias por suposto abuso sexual cometido por ele. A decisão do presidente ocorreu após uma reunião com o ministro e com Anielle Franco, da Igualdade Racial, que teria sido uma das vítimas.

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No discurso de posse, Macaé evitou comentar sobre os casos de assédio ou violência sexual contra mulheres, apenas destacou que a pasta “está de pé”. 

Uma das críticas da ministra foi em relação ao que ela descreveu como uma “nova investida do capitalismo”. “No cenário global, a gente enfrenta uma nova investida do capital que aposta na segregação social, racial e ambiental para legitimar a opressão e extermínio de milhões de pessoas comuns, como eu", acrescentou.

Quem é Macaé 

Macaé Evaristo é professora graduada em Serviço Social, mestre e doutoranda em Educação. Foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação em Belo Horizonte e no Estado de Minas Gerais.

Também já atuou na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (MEC), e implementou políticas como escolas indígenas, escola integral e cotas no ensino superior.

Atualmente, Macaé é ré em um processo que corre na Justiça de Minas Gerais sob acusação de superfaturamento na compra de uniformes escolares.

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Além do processo pela compra dos uniformes, que está em andamento, Macaé Evaristo foi alvo de outros 13 processos por improbidade administrativa envolvendo a compra de cadeiras escolares, mas as ações foram encerradas após acordo de não persecução cível e pagamento de multa.

Os 13 processos são de quando Macaé atuou como secretária de Educação do ex-governador Fernando Pimentel (PT), entre 2015 e 2018.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]