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Brasília – O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou ontem que ainda não há um prazo determinado para a conclusão das investigações sobre as causas da queda do Boeing da Gol. Ele lembrou que a caixa-preta do jato Legacy, que se chocou com o Boeing, foi enviada a um laboratório do Canadá, depois de ter sido analisada em um laboratório de São José dos Campos (SP). Para o Canadá, onde fica a sede da Organização Internacional da Aviação Civil, já foi enviada também uma das duas caixas-pretas do Boeing (a outra não foi encontrada ainda).

Segundo o ministro da Defesa, a remessa das caixas-pretas ao Canadá foi decidida de comum acordo com todos os representantes dos setores interessados na investigação.

O presidente da comissão que investiga a queda do Boeing, coronel Rufino Antônio da Silva Ferreira, embarcou ontem para o Canadá. Ele irá acompanhar a transcrição das gravações das caixas-pretas.

Os técnicos responsáveis pela análise da gravação são da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci). Além de ouvir as caixas-pretas, eles também farão uma simulação dos vôos do Boeing e do Legacy, para auxiliar a perícia.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Canadá foi escolhido pois é tido como país neutro pela comissão de investigação, que é composta por autoridades brasileiras e norte-americanas devido às origens das duas aeronaves – o Boeing da Gol e o Legacy de uma empresa de táxi aéreo dos Estados Unidos.

O cilindro de voz de uma das caixas-pretas do avião da Gol está desaparecido. Equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) vasculham os destroços em Mato Grosso para tentar localizá-lo.

Waldir Pires reafirmou que a decisão de manter no Brasil os dois pilotos do jato Legacy enquanto são feitas as investigações não é do governo brasileiro, e sim da Justiça. E só uma nova decisão judicial pode liberá-los para que retornem aos Estados Unidos.

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