Brasília O ministro da Defesa, Waldir Pires, confirmou ontem que o governo federal pretende contratar novos controladores de tráfego aéreo diante da grande demanda de aeronaves que operam em todo o país. "Vamos ampliar enormemente o quadro, na linha de que tenhamos margem bem significativa sempre e por antecipação nós acompanharemos a evolução do mercado", disse.
O ministro evitou admitir, no entanto, que o atual número de controladores seja insuficiente para acompanhar os vôos. Segundo o ministro, a idéia do governo é implantar um plano de expansão de controladores de acordo com o crescimento do mercado das aeronaves.
"Nós hoje temos praticamente a segunda maior frota de aviões individuais do mundo. Vamos fazer isso de forma ordenada e sempre nos antecipando à expansão do mercado", disse.
Atrasos
A grande quantidade de jatinhos e aviões pequenos vem provocando atrasos de 30 minutos a duas horas nos pousos e decolagens nos aeroportos de Congonhas e de Brasília.
Quinta-feira, o governo convocou reunião para discutir o assunto e definiu que a Aeronáutica modernizará o controle de tráfego aéreo em Brasília, com investimentos de cerca de R$ 10 milhões nos próximos dois anos.
Outra medida é a transferência, nos próximos dias, de controladores de outras regiões do país para reforçar o setor em Brasília, que está desfalcado desde a queda do Boeing da Gol, no dia 29, no maior acidente aéreo do país, que deixou 154 mortos.
Seguindo as normas internacionais de aviação, os oito controladores de vôo que estavam em serviço no momento do acidente foram afastados temporariamente. Segundo Pires, o afastamento dos oito controladores não vai afetar o controle de tráfego aéreo no país.
As normas internacionais também determinam que cada operador de tráfego aéreo deve controlar, no máximo, 14 aeronaves no mesmo instante.
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