O ministro da Educação, Mendonça Filho, recebeu nesta quarta (25) membros do Revoltados On Line, entre eles o fundador do movimento, Marcello Reis e o ator Alexandre Frota. O movimento apresentou ao ministro um documento com as principais demandas coletadas entre ativistas favoráveis ao impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, entre as quais a defesa de uma “escola sem partido”.
Em vídeo publicado na página do Revoltados On Line no Facebook, Frota comentou a visita: “Viemos também, entre outras coisas, apresentar uma pauta muito grande para educação e mostrar que o nosso apoio é apoio real ao ministro Mendonça.” Na página, Frota informou ter protocolado “uma grande pauta” elaborada por participantes do movimento. “Ele [Mendonça Filho] apreciou isso na mesa e vai colocar em prática algumas coisas que apresentamos.” As informações são da Agência Brasil.
Em entrevista coletiva na tarde desta quarta, o ministro disse que recebeu integrantes do grupo, mas que não firmou nenhum compromisso.
A visita de Frota gerou polêmica. Mendonça Filho chegou a publicar na página do Facebook uma nota na qual diz: “Não discrimino ninguém, porque respeito a liberdade de cada pessoa fazer suas escolhas de vida. Conheci Frota no movimento pró-impeachment, assim como o pessoal do Revoltados On Line. Não vejo problema em recebê-los para uma visita.”"
A nota diz ainda que, em seus primeiros dias no MEC, Mendonça Filho teve uma extensa agenda para tratar de temas diversos: recebeu o ministro da Saúde, Ricardo de Barros, o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, além de educadores para discutir questões do ensino técnico, básico e superior e do Enem.
Além disso, abriu sua agenda para visitas de cortesia de amigos, personalidade e artistas, como o forrozeiro Alcimar Monteiro, o ator Odilon Wagner e o produtor do Festival de Cinema do Recife, Alfredo Bertini.
Escola sem partido
Uma das pautas defendidas pelo Revoltados On Line, uma escola na qual os professores não emitem opiniões políticas, é criticada por parte de entidades ligadas à educação e por estudantes e chegou a ser questionada pelo próprio MEC. No entendimento daqueles que são contra a proposta, haveria um cerceamento da função do professor, que ficaria impedido de apresentar aos estudantes os vários pontos de vista para que os alunos formem a própria consciência.
Em Alagoas, foi aprovada lei proíbe professores da rede pública estadual de opinar sobre diversos temas e determina que eles mantenham neutralidade política, ideológica e religiosa em sala de aula. No início do mês, o MEC, ainda sob o comando de Aloizio Mercadante, encaminhou à Advocacia-Geral da União (AGU) argumentos que justificam a ação direta de inconstitucionalidade contra a lei que instituiu o programa Escola Livre, promulgada pela Assembleia Legislativa de Alagoas.
Segundo Mendonça, o questionamento à AGU será mantido. “Não há um posicionamento do governo em relação a essa matéria. Defendo o campo da educação e da sala de aula como um campo amplo, plural. que não comporta nenhum tipo de sectarismo, nem estreitamento do ponto de vista de ideias. Ao mesmo tempo, acho uma coisa extremamente complicada que você vá consagrar uma espécie de tribunal de ideias. Eu acho que a palavra que sintetiza o nosso ponto de vista é bom senso”, disse.
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