O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na tarde deste domingo (27) que a cidade de Santa Maria (RS) não precisa de mais medicamentos, equipamentos ou sangue para o socorro das vítimas do incêndio que atingiu uma boate na madrugada de hoje.
Segundo Padilha, não falta nada para o auxílio às vítimas e hospitais e equipes de cidades vizinhas já foram mobilizadas, assim como a região metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a Defesa Civil, 92 pessoas ainda estão hospitalizadas em Santa Maria e outras 14 - em estado mais grave - foram transferidas para a capital gaúcha. A boate Kiss era uma das principais casas noturnas da cidade e era famosa por receber estudantes universitários. Segundo o coordenador da Defesa Civil, Adelar Vargas, o fogo começou na espuma de isolamento acústico quando um dos integrantes da banda que se apresentava acendeu um sinalizador, que atingiu o teto.
Testemunhas relatam que os seguranças da boate impediram a saída das pessoas nos primeiros momentos do incêndio. "No começo, só deixavam sair quem pagasse a comanda. Os seguranças estavam barrando, pois não sabiam o que estava havendo", disse Murilo Lima à rádio Gaúcha, que escapou da tragédia.
Este é o segundo maior incêndio do Brasil. A maior tragédia brasileira foi registrada em 1961, quando 503 pessoas morreram em um incêndio no Grande Circo Brasileiro, em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro.
Falta de respeito
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou também na tarde de hoje que buscar culpados nesse momento é uma falta de respeito aos profissionais que estão trabalhando no socorro e nas investigações sobre o incêndio.