O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recuou sobre uma ação já lançada pela pasta na internet voltada às prostitutas com foco na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Uma das peças da campanha, lançada no último final de semana, "Eu sou feliz sendo prostituta" já aparece como indisponível no link do Twitter do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério.
"Enquanto eu for ministro, não acho que seja uma mensagem a ser passada pelo Ministério da Saúde", afirmou Padilha sobre a peça hoje. Para o ministro, veiculado como possível candidato do PT ao governo de São Paulo, a pasta deve se limitar a divulgar campanhas com foco na prevenção das DSTs.
Padilha disse que todas as peças -divulgadas com a logomarca do governo federal e já disponíveis no site e no Twitter do departamento de DST- ainda dependem de aprovação. "Recebemos várias sugestões, que ainda vão passar por avaliação".
Reportagem publicada no site do departamento de DST do ministério na sexta-feira (31), no entanto, afirma que "o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde lança neste fim de semana nas redes sociais mobilização pela visibilidade das profissionais do sexo. A ação com o tema "Sem vergonha de usar camisinha" celebra o Dia Internacional das Prostitutas, neste domingo (2)".
As peças foram produzidas "a partir de uma oficina de comunicação em saúde para profissionais do sexo realizada entre os dias 11 e 14 de março de 2013, em João Pessoa", promovida pelo Ministério da Saúde, como informado pelo jornal O Estado de S. Paulo.
No site do departamento, está disponível um vídeo em que mulheres dizem, olhando para a câmera, "eu sou prostituta", "ser prostituta é o que me define" e "eu sou puta, a minha presença te incomoda?".
Outro recuo
Essa não é a primeira vez que Padilha recua de campanhas com potencial polêmico. No início de 2012, após descontentamento até da presidente Dilma Rousseff, Padilha recuou da campanha que seria lançada com foco nos jovens gays para a prevenção da Aids no carnaval.