O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, disse que “neste momento não há nenhum indicativo que sinalize a necessidade de as Forças Armadas permanecerem no Rio após o dia 22”. O governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, havia solicitado ao governo federal a permanência das tropas nas ruas entre os dias 12 de fevereiro e 5 de março. Entretanto, a liberação foi para o período entre 14 e 22 de fevereiro, ou seja, as tropas deixarão de patrulhar os bairros do Rio de Janeiro antes do feriado de carnaval, que vai de domingo (25) a terça-feira (28).
Nove mil homens das Forças Armadas passaram terça-feira (14) a reforçar a segurança no Rio de Janeiro, na quarta operação desenvolvida pelas tropas neste ano, após atuarem no Rio Grande do Norte e Espírito Santo, e terem sido destacadas para fazer varreduras em presídios. Levantamento feito pelo Ministério da Defesa e pelo Comando do Exército mostra que o acionamento do reforço federal tem sido cada vez mais comum e já consumiu 1.300 dias de atividades nos últimos dez anos, o que equivale a mais de três anos de operações.
O general afirmou ainda que os policiais do Espírito Santo e do Rio que integraram o motim “têm de ser enquadrados e punidos”, assim como quem incitou o movimento.
Etchgoyen destacou também que “o governo não vai apoiar nenhum projeto no Congresso de anistia aos policiais militares”. A bancada da bala no Legislativo já articula projetos nesse sentido.
O ministro também descartou qualquer possibilidade de o Exército fazer o trabalho de patrulhamento ou de segurança da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, sobretudo para votações de projetos de interesse do governo, como pleiteou o Estado. “As Forças Armadas não vão para a Alerj. Este é um trabalho a ser feito pela Força Nacional e pela Polícia Militar do Rio de Janeiro”, avisou o ministro.
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