O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Felix Fischer, negou o pedido de transferência de dois policiais militares do Rio de Janeiro denunciados por envolvimento no desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Eles questionavam a transferência do Batalhão Especial da Polícia Militar para o presídio Petrolino Werling de Oliveira, Bangu 8, no Complexo de Gericinó, onde são mantidos em prisão especial.
O major Edson Raimundo dos Santos e o tenente Luiz Felipe de Medeiros trabalhavam na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, quando Amarildo desapareceu. Eles estão entre os 13 presos dos 25 PMs denunciados pelo crime.
O ministro justificou a decisão desfavorável aos policiais afirmando que a ordem de prisão fundamenta de "forma suficiente" a necessidade da medida, apontando a influência dos PMs sobre os demais réus.
O presidente do STJ ainda considerou devidamente fundamentada a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) de transferir os policiais para a unidade de custódia de Bangu. Lá, eles são mantidos em prisão especial. Em novembro do ano passado, a Justiça do Rio, por unanimidade de votos, negou habeas corpus em favor dos dois policias.
A sexta turma do STJ ainda deverá avaliar a questão a partir de fevereiro.