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O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro lançou hoje (17) campanha de trânsito com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a gravidade das consequências dos acidentes de trânsito, em grande parte provocados pela ingestão de bebidas alcoólicas ou pelo consumo de drogas.

Com o tema Álcool, outras drogas e segurança no trânsito: efeitos, responsabilidades e escolhas, a campanha vai mostrar casos reais de três pessoas que sofreram acidentes e agora passam pelo processo de reaprendizado de atos básicos como comer, falar e andar.

As peças da campanha vão ser veiculadas durante a semana de trânsito (de 18 a 25 de setembro) em emissoras de TVs aberta e por assinatura, emissoras de rádio, revistas, jornais, portais na Internet e redes sociais mostrando a situação atual de vítimas que ficaram com graves sequelas.

Ribeiro conta que já ouviu críticas sobre o impacto que as peças publicitárias podem provocar, mas acha que "as consequências são muito piores para as vítimas do que o mal-estar que o público pode sentir quando é alertado". Por outro lado, o ministro acredita que a campanha pode ajudar na conscientização da sociedade sobre comportamentos indevidos como falar ao celular enquanto se dirige ou não usar cinto de segurança".

O ministro destacou que o Brasil lançou o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada), em resposta à iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que, em 2011 proclamou a Década de Ação pela Segurança no Trânsito. O objetivo da ONU é que os países reduzam pela metade no prazo de dez anos o número de mortes no trânsito.

O médico Rodrigo Caselli, coordenador do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e chefe do serviço de atendimento de traumas do Hospital de Base de Brasília, participou da solenidade de lançamento da campanha e argumentou que "a realidade vivida no hospital com os acidentados dá a sensação de que estamos numa verdadeira guerra".

Do total de óbitos que ocorrem por ano no país, entre 40% e 50% tiveram como causa os acidentes de trânsito. Por isso, Caselli acredita que as campanhas sobre o assunto devem, de fato, ter um tom pesado, para serem impactantes e reverterem o quadro atual. O médico lembra que, para cada óbito há ainda de três a quatro vítimas que ficam mutiladas ou incapazes.

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