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Brasileiros protestam em frente ao hotel onde estão hospedados os ministros do STF, em Nova York, em 13 de novembro de 2022| Foto: Reprodução/Twitter

Ministros do Supremo Tribunal Federal foram alvo, na noite deste domingo (13), de protestos e xingamentos em frente à porta de um hotel em Nova York onde se hospedam para participar do Lide Brazil Conference, evento organizado pelo grupo empresarial do ex-governador de São Paulo João Doria, que ocorre entre 14 e 15 de novembro.

Vídeos que estão circulando nas redes sociais mostram manifestantes hostilizando os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, chamando-os de "ladrão", "bandido" e outras palavras de baixo calão nos momentos em que deixam o hotel. O ministro Ricardo Lewandowski também foi xingado ao sair do local.

Em outros vídeos, no mesmo local, manifestantes vestidos de verde e amarelo e carregando bandeiras do Brasil gritam "SOS Forças Armadas" e "Ei, Xandão, seu lugar é na prisão", em referência ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles também carregavam cartazes em inglês que pediam o "fim da censura no Brasil".

O ministro Luís Roberto Barroso, que também é um dos palestrantes do evento, foi abordado por uma brasileira enquanto caminhava pela Times Square. Em um vídeo gravado por ela mesma, a brasileira diz ao ministro que "o povo brasileiro é maior que a Suprema Corte" e acrescenta: "Cuidado, ein". Barroso, então, pediu que ela não fosse "grosseira", se despediu e entrou em uma loja.

Ministros falarão sobre democracia e liberdade

O evento Lide Brazil Conference, que vai reunir mais de 200 empresários em Nova York, contará com um painel sobre democracia e liberdade no qual participará a maior parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a organização do evento, a mesa redonda "O Brasil e o respeito à liberdade e à democracia" vai debater os desafios que o próximo governo enfrentará a partir de 2023. Estão confirmados para essa sessão os atuais ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, além do ex-presidente do STF, Carlos Ayres Britto, e do ministro Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU).

Tanto o STF quanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Moraes, estão sendo criticados por juristas e políticos por decisões consideradas inconstitucionais. Na lista de decisões questionadas estão: o inquérito contra empresários, aberto de ofício, sem acesso eletrônico aos autos, apenas em papel; os bloqueios e suspensões em redes sociais de cidadãos usando poder de polícia sem necessidade de provocação de qualquer parte ou do Ministério Público; a censura prévia a documentário do Brasil Paralelo, entre outros.

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