Mirlei de Oliveira, 51 anos, tida como uma das maiores cafetinas do país, negou ontem ter enviado garotas de programa para fora do país em um esquema de tráfico internacional de mulheres. Segundo o procurador de Justiça João Vicente Beraldo Romão, do Ministério Público Federal (MPF), o esquema teria ocorrido entre 2002 e 2004.
Mirlei compareceu à 3.ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba para acompanhar o depoimento de testemunhas de acusação no processo de tráfico de mulheres e formação de quadrilha em que ela é ré. As testemunhas não falaram com a imprensa. Mirlei, por sua vez, admitiu ter gerenciado um prostíbulo que funcionava em uma chácara de Colombo, na região metropolitana de Curitiba. Ela negou, porém, que tenha participado do envio de garotas para atuarem como prostitutas em países estrangeiros. "Nunca fiz tráfico internacional de ninguém para fora do país.Você acha que eu ia mandar alguma garota bonita que trabalhava dentro da minha chácara para o exterior. Pra quê?", disse.
Mirlei acusou o proprietário da chácara em que ela tinha sua boate de intermediar a ida de garotas de programa para fora. Segundo ela, em outro caso, o diretor de uma multinacional do setor automotivo teria se apaixonado por um garota de programa, dado um carro de presente para ela e a levado para os Estados Unidos. "Foi ele que se apaixonou por ela e fez tudo isso."
Mirlei, que chegou a ser conhecida como Baronesa do Sexo, afirmou que trabalhou 25 anos administrando boates, mas que atualmente vende passagens aéreas e estuda Direito. "Também quero montar uma instituição para ajudar filhos de presidiários."
Além de Mirlei, outras cinco pessoas são réus na ação movida pelo Ministério Público Federal.
Perante a Justiça Estadual, Mirlei responde a outras acusações: casa de prostituição, favorecimento de prostituição e extorsão. Mirlei teria pedido dinheiro para um cliente do prostíbulo para não anunciar que ele teria um caso com uma garota de programa. "Como vou extorquir alguém que paga com cartão de crédito e tem 30 dias para cancelar essa cobrança?", defendeu-se.
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