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O desaparecimento de uma menina de 2 anos, sábado passado, no bairro Uberaba em Curitiba, ainda é um mistério para a polícia. Bruna Alves sumiu do quintal de casa, às 16 horas. A mãe, o padrasto e um tio de 12 anos estavam no local e dizem não saber o que ocorreu com a criança.

De acordo com o depoimento dos três, pouco antes de desaparecer, a garota brincava com o tio adolescente e o padrasto José Aleixo, 26 anos, na área entre a casa e o portão, que estava fechado. A mãe, Susamar Alves, 22 anos, estava dentro da residência, cuidando do filho recém-nascido, cujo pai é Aleixo.

De acordo com a delegada Márcia Tavares dos Santos, do Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas (Sicride), há duas linhas de investigações. A primeira parte do princípio de que alguém tenha levado a menina sem que os familiares tenham percebido. A outra é de que alguém muito próximo à criança esteja envolvido com o desaparecimento.

A segunda hipótese ganha força com uma contradição nos depoimentos do tio e do padrasto. Cada um diz que deixou a menina sozinha com o outro no momento em que ela teria desaparecido. "Só vamos chegar à alguma conclusão após realizarmos uma acareação entre os dois, o que deve acontecer na segunda-feira", explica a delegada.

A possibilidade de seqüestro com pedido de resgate está praticamente descartada, já que a família é pobre e mora numa área de invasão. Susamar acredita que a filha tenha sido levada por alguém íntimo e que planejou o crime durante muito tempo. "A Bruna é uma menina simpática, que chama a atenção", diz.

Pouco depois das 16 horas do último sábado, uma vizinha teria visto a criança com um garoto franzino, possivelmente adolescente, andando por uma rua próxima. Segundo a delegada, a informação é pouco útil, já que a mulher diz ter visto o possível seqüestrador apenas de costas. Além disso, outras pessoas deveriam ter visto a cena, já que a rua estava cheia de moradores da invasão, que limpavam uma valeta em frente à casa de Susamar.

Durante a semana, a polícia recebeu duas denúncias de que a menina teria sido vista em São José dos Pinhais. Cada uma dizia que a garota estava com uma mulher. Os retratos falados feitos a partir dos depoimentos dos denunciantes apontaram para mulheres fisicamentes diferentes – uma loira e outra morena.

Susamar também ressalta que vizinhos viram uma van suspeita circulando pelas proximidades de casa pouco antes do desaparecimento de Bruna. Durante toda a semana, a mãe e parentes espalharam panfletos com a foto da menina por Curitiba e São José dos Pinhais.

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