A mobilização de policiais militares, que começou no início desta semana de maneira isolada e pontual, ganhou corpo e começa a tomar proporções maiores. Na manhã de sábado (21), associações que representam a corporação farão uma manifestação na Boca Maldita, no Centro de Curitiba. O ato ganhou a adesão de outras entidades, como sindicatos ligados à Polícia Civil e aos funcionários públicos. A articulação é uma maneira de pressionar pela regulamentação da Emenda 29 à Constituição do Paraná, dispositivo que estabelece a incorporação das gratificações no soldo dos policiais. "Temos que cobrar, porque o governo não se expressa com clareza sobre as negociações", disse o presidente da Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai), coronel Elizeo Furquim.
De acordo com a entidade, a manifestação terá por objetivo expor à população como está o andamento das negociações e prevenir sobre a possibilidade de os policiais iniciarem uma paralisação. Cerca de 300 policiais são esperados pelos organizadores do evento. Será o primeiro ato oficial realizado por entidades representativas, desde o início das negociações.
Para Furquim, a mobilização de sábado pode ser considerada uma reação às declarações do subcomandante da PM,coronel César Alberto Souza. Em entrevista coletiva realizada na quinta-feira (19), o coronel minimizou a articulação dos policiais e disse que qualquer paralisação seria punida com "medidas legais cabíveis".
"Foi uma ameaça, uma intimidação, mas que surtiu efeito contrário, porque os policiais estão ainda mais unidos e com desejo de antecipar as negociações", avaliou o presidente da Amai.
O coronel Furquim não descarta a possibilidade de greve, mas disse que ainda pretende primar pelo diálogo com o governo. A intenção das entidades que representam os policiais é concluir a negociação até meados de fevereiro. "A Emenda 29 tem que ser votada até 1º de abril. Depois dessa data, o Brasil entra em restrições legislativas por ser ano de eleição. Por isso, temos pressa", justificou Furquim.
A exemplo do que vem ocorrendo desde o início da semana, nesta sexta-feira voltaram a circular mensagens em radiocomunicadores da PM, aludindo à paralisação. Os recados são transmitidos por meio de invasão da frequência em que o sistema de comunicação da corporação opera. Algumas mensagens chegam a fazer apologia a uma paralisação já na semana que vem, na terça-feira (24).
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