A Mocidade Alegre venceu o carnaval 2009 de São Paulo, com 359,25 pontos. A campeã desfilou com o enredo "Da chama da razão ao palco das emoções...sou máquina, sou vida...sou coração pulsando forte na avenida" e levou ao Sambódromo do Anhembi cerca de 3,4 mil componentes no sábado passado.
O vice-campeonato ficou com a escola Vai-Vai, que conquistou 358,75 pontos. A agremiação exibiu na avenida o enredo "Mens sana et corpore sano o milênio da superação".
A briga entre a primeira e a segunda colocadas foi acirrada. Mocidade Alegre e Vai-Vai ficaram empatadas até o sexto quesito: fantasia. Daí em diante, até a nona nota, as diferenças entre as duas agremiações foram pequenas. Somente com a última pontuação, no quesito Alegoria, é que o título foi decidido.
A Mocidade levou para a avenida o coração e falou das emoções. Algumas alas fizeram passos sincronizados. A escola impressionou com um carro alegórico com movimentos que mostravam um mago segurando um coração dentro de um globo transparente.
Fundada em 1967, a Mocidade Alegre começou como um bloco com homens vestidos de mulher. Com o título de 2009, a escola de samba do bairro do Limão chega a seu sétimo campeonato antes, havia vencido em 1971, 1972, 1973, 1980, 2004 e 2007.
O ranking do desfile paulistano de 2009 ficou assim: 1º Mocidade Alegre 359,25 pontos; 2º Vai-Vai 358,75 pontos; 3º Rosas de Ouro 358,25 pontos; 4º Gaviões da Fiel 358 pontos; 5º Império da Casa Verde 356,50 pontos. Nenê da Vila Matilde e Unidos do Peruche foram rebaixas para o grupo de Acesso. A Nenê ficou com 342 pontos e a Unidos teve apenas 339 pontos.
No Rio
Com orçamentos chegando a R$ 8 milhões e conjuntos alegóricos de até 60 metros de comprimento, o carnaval carioca de 2009 foi o das "superescolas de samba S.A., superalegorias, como cantava, criticamente, o Império Serrano em 1982, no vitorioso "Bumbum Paticumbum Prugurundum.
Mas Unidos de Vila Isabel, Beija-Flor e Salgueiro ofereceram algo a mais do que luxo e volume para serem favoritas ao título. A apuração começa às 15 horas de hoje, no Sambódromo. As preferidas, contudo, terão de superar a Beija-Flor, que não cometeu erros de harmonia, e a Unidos de Vila Isabel, que combinou fantasias distribuídas às comunidades, precisão técnica e luxo em fantasias e alegorias.
O que as escolas já discutem é se é possível manter em 2010, com a crise financeira que espanta patrocinadores, o padrão de enormes carros e materiais caríssimos. A dependência de dinheiro público está cada vez mais forte neste ano, foram R$ 12,6 milhões dados por prefeitura do Rio, governo do estado e Eletrobrás.
Escolas que não atraíram empresas nem têm patronos (como bicheiros) já mostraram que poderão ter dificuldades. A Mangueira fez um desfile simples, com papelões e plásticos no lugar de penas de faisão, por exemplo.
Na mesma situação estavam a Portela e a Viradouro que compensou suas limitações com garra e sua forte bateria. Já a Porto da Pedra torcerá para não ser rebaixada Império Serrano e Mocidade Independente são as outras candidatas ao grupo de Acesso.
Blocos
Em 2009, os blocos de rua ganharam destaque no carnaval do Rio de Janeiro. Apenas ontem foram 16 blocos. Dois deles, como os rivais Bafo da Onça e Cacique de Ramos, foram fundados em 1956.
De acordo com Nei Barbosa, presidente da Sebastiana, associação que reúne os blocos da cidade, cerca de 200 mil pessoas brincaram o carnaval deste ano nos blocos mais tradicionais da cidade, entre eles, o Barbas, Simpatia É Quase Amor, Suvaco de Cristo, Carmelitas e o Bloco Escravos da Mauá.
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