Em Curitiba, é cada vez mais comum ver meninas e meninos, inclusive muito jovens, andando de mãos dadas pelas ruas e trocando carícias. Especialistas alertam que isso pode ser um modismo atual. "Isto está confundindo bastante, principalmente os pais. O importante é dar abertura para que esses adolescentes possam explicar aos familiares o que acontece de fato", diz Edith Modesto, da Associação Brasileira de Pais e Mães de Homossexuais.
A psicóloga e sexóloga da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Mara Pusch faz uma analogia do assunto com os veículos bicombustíveis. "É como se o jovem experimentasse para descobrir qual ele prefere." A condição da sexualidade pode, ainda, ser gerada pela indecisão. "O jovem, às vezes, não sabe o que quer. É como se dos 14 aos 21 anos ele ficasse sob influência da dúvida, pois o corpo e a mente estão mudando. Na maturidade a decisão normalmente aparece", diz o psicanalista Jurandy Jantalia.