Sociedade dos "croquiseiros" mortos
Em meio a fantasmas, demônios e seres estranhos, um grupo bem-humorado de artistas aproveita a Zombie Walk para dar a conhecer o seu trabalho. Em um estande, o Croquis Urbanos Curitiba expõe desenhos e homenageia personalidades da arte que "já estão no outro mundo", como Leonardo Da Vinci, Frida Kahlo e Tarsila do Amaral. "Está sendo uma experiência macabra", brinca Lia Rossi, integrante do grupo.
As ruas do centro de Curitiba receberam neste domingo (15) a oitava edição da Zombie Walk sétima que ocorre como parte das atividades do Carnaval da capital paranaense. A mobilização é uma mistura de flashmob e festa de Carnaval (em Curitiba). A tradição começou nos Estados Unidos no início dos anos 2000, quando fãs de zumbis começaram a se reunir para simular uma invasão às ruas, com o tradicional caminhar de filme de terror dos personagens.
Os "zumbis" saíram da Boca Maldita às 14h15. De acordo com organização, cerca de 7 mil pessoas participaram. Os organizadores esperavam o mesmo número de participantes do ano passado, que foi de 15 mil, mas o mau tempo acabou por espantar o público do evento. A caminhada terminou na Praça 19 de Dezembro, por volta das 16 horas. Até esse horário não havia o registro de ocorrências por parte da Polícia Militar e da Guarda Municipal.
Durante a caminhada, o participantes fizeram uma parada no Paço da Liberdade e seguiram para parada final, na Praça 19 de Dezembro, onde foi realizado o casamento zumbi. Ao longo da programação houve danças, um concurso do grunhido mais assustador e uma corrida, na qual o vencedor foi o que teve a melhor performance.
Tradição
Várias famílias participam da iniciativa. Flávia Nogueira, que faz parte da organização desde a primeira edição, diz que o evento já virou tradição em Curitiba. Para ela, uma das coisas mais legais é ver que, por exemplo, mulheres que vão grávidas, voltam no ano seguinte com o filho no colo. Ou alguns pais levam crianças e, quando voltam com elas no ano seguinte já dá para ver o quanto cresceram. Na opinião da organizadora, o fato de a Zombie Walk ocorrer sempre no carnaval ajuda as pessoas a fixarem a data.
Daiane Flores, de 26 anos, por exemplo, trouxe o filho Arthur, de 8, os dois vestidos com máscaras de monstros. "Vimos uma fantasia interessante na internet e decidimos fazer. Começamos ontem, acordamos cedo [por volta das 8h] e fomos terminar apenas às 11h", conta a mãe.
Já o casal Deived Fhogues, 20 anos, e Danieli Skrezckowski, 21 anos, preferiu explorar o conceito mexicano da morte, representando um casal cadavérico de gateiro e violeira. "Zumbi também toca violão", brincou Deived.
"Já fui a eventos em São Paulo e Ponta Grossa e gosto de participar da cultura em Curitiba. Minha fantasia de Lúcifer é inspirada em seriados de tevê", disse Jean Muksen, 23 anos.Zumbis em Curitiba
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