• Carregando...
Maria Tereza Madeira e Paulo Roberto Mendonça são apaixonados pela música brasileira | Divulgação/Unicenp
Maria Tereza Madeira e Paulo Roberto Mendonça são apaixonados pela música brasileira| Foto: Divulgação/Unicenp

Aumenta a área de risco de incêndio

O tenente Eduardo Pinheiro, da Defesa Civil do Paraná, informou no final da tarde da sexta-feira (14), que aumentou a área de risco de incêndio florestal no estado, passando de 90% para 95%. "Praticamente todo o estado está em situação de risco extremo. A solução é torcer para que chova em todo o Paraná, para umedecer a terra", comentou Pinheiro.

Também nesta sexta, aumentou a ocorrência de focos de incêndio na região do Pico Paraná, na Serra do Mar. Cerca de 85 homens do Corpo de Bombeiros vão atuar no local durante o fim de semana.

A Defesa Civil do Paraná alertou nesta semana que somente água em abundância pode controlar o incêndio na Serra do Mar, na região do Pico Paraná, atingida pelo fogo desde o último fim de semana. Como a previsão é para pouca chuva na região, e somente na tarde de domingo (16), o trabalho de voluntários têm sido muito importante para o controle e extinção do incêndio na área de reserva natural nativa. A área de risco de incêndio florestal no estado passou de 90% para 95%, segundo a Defesa Civil.Desde os primeiros focos de incêndio no local, pelo menos uma equipe de 50 homens do Corpo de Bombeiros (CB) do Paraná tem atuado na área. Montanhistas que residem no estado também têm contribuído de forma efetiva no combate ao fogo, desde o fim de semana, além de profissionais de vários órgãos públicos como o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre outros.

Voluntários

Neste fim de semana, integrantes do Clube Paranaense de Montanhismo (CPM), com sede no bairro Boa Vista em Curitiba, programaram o envio de dois ônibus com voluntários para ajudar no combate às chamas. Quem quiser participar da ação voluntária, o CPM está disponibilizando um ônibus que sai na manhã deste sábado (15), da sede do Clube e retorna no fim do dia. Na manhã de domingo, por volta das 7h30, parte novamente em direção à Serra, levando outro grupo. Os interessados em participar da ação devem entrar em contato por telefone para confirmar presença. O ônibus tem capacidade para 40 pessoas que devem levar lanternas, roupas adequadas e o máximo de água que conseguir. No local vão seguir as instruções da equipe do CB. AtuaçãoComo o local é de difícil acesso, os montanhistas têm se revezado. "Quem pode tem ido durante a semana passar as noites e as madrugadas no local, se revezando com o pessoal dos bombeiros. Pra se ter uma idéia da dificuldade que está sendo este trabalho, na segunda conseguimos controlar um foco de incêndio. Na quarta, o local ainda estava em brasa", comentou o montanhista Rafael Gava, que há 15 anos subiu pela primeira vez no Pico Paraná. Sobre a dificuldade de fazer o trabalho durante a noite, Gava comentou que isto não é problema para os montanhistas, pois a maioria conhece muito bem o terreno.

A Chácara Pico Paraná tem sido o local de base destes esportistas, que mais que praticar um esporte, cultuam um estilo de vida em integração com a natureza. Do local, eles seguem em caminhada de aproximadamente três horas e meia até o Morro Caratuva, levando o que conseguirem de água em garrafas pet. "Não é tarefa fácil, mas nós que estamos acostumados conseguimos fazer a caminhada. Quem não tem preparo físico ajuda enchendo tanques e garrafas de água, na chácara, para serem levadas para os morros", explicou Andressa Zanlorengi, montanhista do CPM.

O fogo na região já atingiu o Morro Getúlio e está no Morro Caratuva, com risco de chegar ao cume, onde está o acampamento da equipe dos bombeiros, e ao Morro Itapiroca. Os montanhistas têm ajudado levando alimentos, água em garrafas pet, água potável para os próprios bombeiros, mangueiras, fazendo trincheiras e umedecendo o terreno.

Andressa explicou ainda que a terra frágil, típica de áreas de montanha e a vegetação rasteira seca são fatores que têm ajudado na expansão do fogo. Por causa da ocorrência, as pedras já estariam se desprendendo do solo, tornando o trabalho mais perigoso.

Serra da Boa Esperança

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, informou nesta sexta-feira (14) que o incêndio na Área de Proteção Ambiental da Serra da Esperança, próximo ao município de Guarapuava, na região Central do estado, já foi controlado. "Neste final de semana faremos um sobrevôo sobre a região para confirmar a extinção definitiva do incêndio e dimensionar a área atingida, além de definir algumas medidas preventivas para evitar novos focos de incêndio", acrescentou.

O foco de incêndio foi registrado na manhã de quinta-feira (13) em uma propriedade particular próxima da Serra, no distrito de Guará. Equipes do Corpo de Bombeiros e do IAP trabalharam para conter as chamas que chegaram a consumir, pelo menos, 30 hectares.

Apesar da proximidade com a região da Serra, o fogo não atingiu mata nativa, mas sim vegetação rasteira que estava seca. Para os bombeiros, o fogo pode ser resultado de uma queimada de uma pequena lavoura, prática comum entre os pequenos agricultores do Paraná, que ainda não têm a conscientização necessária sobre o perigo de se colocar fogo em áreas de vegetação, principalmente quando há pouca umidade no ar, como está sendo registrado neste período.

Estiagem

Na região do Norte Pioneiro do Paraná, há 50 dias sem chuvas, o abastecimento de água já está prejudicado em algumas cidades. A situação é mais grave em Ibaiti, onde a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), acionou uma estação secundária de captação de água. O coordenador industrial da Sanepar, Eudes Vicente Gonçalves Ramos, afirmou para a Gazeta do Povo que o abastecimento no Norte Pioneiro não deve ser comprometido nos próximos 20 dias, mas se não chover o problema poderá se agravar após este período.

Nas outras regiões do estado, o abastecimento ainda não está prejudicado, apesar de muitos locais estarem com o nível da água dos reservatórios abaixo do normal, como é o caso das represas de Piraquara I e Iraí, na região metropolitana de Curitiba. Neste locais, os níveis estão em 1,69 metro e 1,56 metro, respectivamente, abaixo do normal. Na represa do Passaúna, o nível da água não baixou. Serviço: Ação Voluntária do Clube Paranaense de Montanhismo (Rua Flávia Dalegrave, 5044, Boa Vista). Sábado (15) e domingo (16) a partir das 7h30. Informações com Andressa pelo telefone 9963-5008.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]