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Liberdade de imprensa, assassinatos de jornalistas, atentados e outras ameaças aos veículos de comunicação e a briga do governo argentino contra os meios de comunicação serão os principais temas 42ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), que começa amanhã em Montevidéu e vai até o próximo dia 31. O presidente do Grupo Clarín, Hector Magnetto, receberá uma homenagem especial com a declaração de sócio de honra da AIR.

As resoluções de cada país serão discutidas no primeiro dia do encontro em reunião do conselho diretivo da AIR com o presidente Luís Pardo Saínz. Uma delas deverá ser a constituição de uma delegação para acompanhar de perto a situação da liberdade de imprensa na Argentina. A disputa do governo argentino com o grupo Clarín já chegou à TV, com termos de baixo calão, contou Daniel Slaviero, presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert) e vice-presidente do Comitê Permanente de Liberdade de Expressão da AIR.

Liberdade de imprensaO governo argentino pretende que o grupo se desfaça de parte de seus negócios para se adequar à Lei de Mídia e deu prazo até 7 de dezembro para que isso aconteça. O Clarín já entrou na Justiça e quer mais tempo para apelar da decisão.

Slaviero vai apresentar o Relatório Liberdade de Imprensa 2011/2012 do Brasil. Ele disse que somente este ano já foram seis assassinatos, entre eles o do jornalista e blogueiro Décio Sá. Ele foi morto com seis tiros à queima roupa num restaurante em São Luís (MA) e trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão", pertencente à família do presidente do Senado Federal José Sarney, e escrevia num blog sobre os bastidores da política no estado. - O objetivo é dar publicidade e cobrar das autoridades as responsabilidades. O Brasil é o quinto país em que mais houve assassinatos em 2012 - disse Slaviero.

A terceira resolução da assembleia, segundo Slaviero, será uma posição favorável à neutralidade de rede de transmissão de dados, para que não haja discriminação em relação à distribuição de conteúdo produzidos por diferentes empresas. Ele explicou que caso haja definição para cobrança pela utilização da rede, o usuário será o maior prejudicado: - É muito difícil se chegar a um consenso, as empresas de telecomunicações querem a cobrança

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