Apesar da interdição do Edifício Don José, feita na manhã de ontem pela Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), órgão de fiscalização da prefeitura de Curitiba, os cerca de 300 moradores do prédio continuam ocupando os 144 apartamentos residenciais do local. O edifício, que tem 39 anos e 17 andares, fica na esquina das ruas José Loureiro e Monsenhor Celso, no Centro.
"O prédio está normal, sem problema nenhum", disse Maurício Cheratzki, síndico do condomínio. Ele afirma que ainda não foi notificado oficialmente da interdição.
Segundo o engenheiro da Cosedi Jorge Castro, o edifício apresenta risco de desprendimento do revestimento da fachada, vidros de janelas soltos, além de problemas nas instalações elétricas e elevadores, mas não há risco de desabamento. O prédio também abriga uma loja de calçados, um bar e lanchonete e um consultório odontológico. Por volta das 17h30 de ontem, os estabelecimentos ainda funcionavam.
"O condomínio será multado pelo fato de os moradores continuarem lá. A multa pode chegar a R$ 20 mil e será aplicada cada vez que encontrarmos moradores", afirmou Castro. "Na segunda-feira vamos tomar as medidas cabíveis. Provavelmente vou entrar com mandado de segurança contra a prefeitura", disse Cheratzki.
O síndico afirmou que durante a tarde de ontem foi até a Cosedi para ver o documento de interdição do prédio, mas não conseguiu ter acesso a ele. "Pediram para eu acionar um advogado", afirmou. Castro, por outro lado, disse que pela manhã mesmo o documento foi deixado na portaria do prédio, pois Cheratzki, que é médico, estava trabalhando.
"A interdição é uma forma de pressionar o condomínio para fazer as melhorias no prédio. Há sete anos fiscalizamos e nunca mudou nada. O síndico já levou uma série de multas, mais de R$ 20 mil", afirmou o engenheiro da Cosedi. Castro disse que o condomínio não apresentou o laudo do Corpo de Bombeiros, da eletricidade, do elevador, de janelas, do revestimento da fachada e da estrutura do prédio. "Nunca apresentaram nada", afirmou.
Em sua defesa, o síndico mostra um laudo assinado por um engenheiro particular, feito em 15 de agosto deste ano, que atesta que não há comprometimentos estruturais no prédio.
-
Delegado que indiciou Bolsonaro já investigou críticos do ex-presidente e “Vaza Jato”
-
Brasil passa vergonha na Olimpíada e é humilhado na Venezuela; acompanhe o Sem Rodeios
-
Diretor de centro da OTAN na Letônia diz que Rússia pode estar por trás de sabotagem na França
-
Em Paris, Milei e Macron falam em estreitar laços entre Argentina e França
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora