A maioria dos moradores da Rua Dr. Aluízio França ouvidos pela Gazeta do Povo concorda com a interdição da via e acredita de fato que a iniciativa vai tornar mais tranqüilas as tardes de domingo no Parque Barigüi.

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"Não sei se vai melhorar para quem freqüenta o parque, mas para nós será ótimo", acredita o operador de máquinas Leônidas J. Santos, 48 anos. "Porque domingo aqui a gente não vê televisão, vê cinema mudo, de tanto barulho que tem. Eles estacionam os carros aqui, abrem os porta-malas, e aí é um tocando reggae, outro tocando pagode, outro sertanejo, e tudo no último volume. Assim pelo menos os guris vão parar, vão ter que deixar o carro lá atrás e descer a pé... E os bagunceiros também vão ter que fugir da polícia a pé."

Outro transtorno é a falta de educação dos jovens que freqüentam o local nos fins de semana. "Eles ficam bebendo aqui, e como não tem banheiro público, vêm urinar aqui na frente de casa", conta a dona de casa Marli Fragoso dos Santos, 50 anos, que mora na mesma casa de Leônidas.

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Outra que apóia o bloqueio é Daniele Cristina de Souza, 26 anos, que mora e trabalha num comércio na rua que será interditada. "Domingo realmente tem muito barulho, o acesso às casas é difícil por causa do movimento e as visitas que chegam com crianças não ficam muito tempo, porque não agüentam. A partir das 15 horas é que os bagunceiros começam a chegar", confirma. "Acho que agora vai ser um parque mais tranqüilo nos fins de semana."

Mas nem todos os moradores da região pensam assim: "Para mim não faz muita diferença, não vejo problema. Já estou acostumada com o barulho e o movimento", diz a estudante Priscila Lopes Scherruth, 18 anos, que mora com os pais e a avó na mesma rua. (LP)