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O Ministério Público informou, através de nota divulgada à imprensa nesta segunda-feira (4), que acionou a Justiça sobre supostas ameaças direcionadas a famílias que vivem às margens da BR-277 em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. A promotora Nayani Garcia requereu o cumprimento de uma sentença que impede – e fixa multa de R$ 300 mil – qualquer tipo de coação para a saída dos moradores do local. O texto alega que a concessionária Rodonorte, responsável pelo trecho, "vem desrespeitando a decisão e, para solucionar a ocupação das faixas de domínio, está ameaçando derrubar casas das famílias residentes no local."

A promotora comenta que não há nenhum projeto para realocação de 77 famílias. Para a remoção dos moradores, salienta Nayani, seria necessário um acordo com as famílias, para pagamento de indenização, ou uma medida judicial determinando a saída.

Outro lado

Através da assessoria de imprensa, a Rodonorte informou que neste momento não há nenhuma família ocupando área no leito da obra de duplicação da BR-277 e que apenas um trecho da PR-423, que liga ao novo trajeto duplicado, tinha cinco famílias moradoras, que já saíram do local. Elas teriam sido realocadas pela Cohapar, e estariam recebendo aluguel social enquanto a situação não é resolvida em definitivo.

Já sobre as famílias que estão na chamada faixa de domínio, ao lado da rodovia, não há necessidade de remoção, segundo a concessionária. E não haveria previsão de desapropriação. A Rodonorte declara que não praticou qualquer tipo de ameaça.

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