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Moradores da comunidade Vila Nova Pirajussara, conhecida como Grota, no Campo Limpo (zona sul de São Paulo), denunciaram à Ouvidoria da Polícia, nesta terça-feira (10), uma ação de policiais civis que deixou um morador morto na favela.

A polícia afirma que ele estava armado e atirou primeiro. Os moradores negam e afirmam que ele estava trabalhando com um entregador de marmitas em uma viela.

A morte ocorreu por volta das 14h desta segunda (9). Segundo os moradores, que pediram anonimato por temerem represálias, cerca de dez homens à paisana chegaram ao local apresentando-se como policiais civis, e logo atiraram. Eles estavam em dois carros descaracterizados.

Identificado pelos moradores como Rony, de 20 anos, o homem ferido chegou a ser levado ao hospital do Campo Limpo, mas não resistiu. Segundo as testemunhas, ele levou dois tiros na cabeça.

Um vídeo feito pelos moradores e publicado no Facebook pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que mantém um acampamento ao lado da comunidade, mostra o rapaz no chão e os policiais à paisana armados em torno dele.

Houve confusão com os moradores, que dizem que os policiais tentaram dificultar a chegada do Samu ao local.

Moradores da favela e integrantes do MTST fizeram um protesto contra a ação da polícia e registraram um boletim de ocorrência no 37º DP (Campo Limpo).

“Colhemos os depoimentos sob anonimato e vamos encaminhá-los ao Ministério Público e à Corregedoria da Polícia Civil”, afirmou o ouvidor Julio Cesar Fernandes Neves.

Outro lado

Por meio de nota, o delegado seccional responsável pela região do Campo Limpo, Elson Alexandre Sayão, afirmou que os policiais faziam uma investigação sobre tráfico de drogas na favela da Grota quando “foram recebidos a tiros e revidaram, acertando um suspeito, que morreu no hospital”.

“Com o rapaz baleado foram apreendidos R$ 1.163 e um revólver calibre 38. Outro homem acabou preso em flagrante com drogas”, afirmou o delegado na nota.

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