Os moradores do bairro Pilarzinho, em Curitiba, estão vivendo sob clima de medo por causa de uma onda de assaltos na região, que já foi considerada tranqüila. Para tentar diminuir o problema, os moradores fizeram nesta semana uma reunião com a Polícia Militar, mas não saíram satisfeitos.
A reportagem do Paraná TV exibiu nesta quarta-feira (29) diversos depoimentos de pessoas que vivem o drama da violência. Um bairro tranqüilo onde os filhos pudessem brincar a vontade, este era o desejo de um entrevistado que não quis se identificar. A compra da casa virou um pesadelo em menos de dois meses: "Quando você chega em casa acaba se deparando com uma pessoa que não foi convidada e leva um susto tremendo", contou.
O cenário das ruas do bairro é sempre o mesmo. Casas com muros altos, cercas elétricas, alarmes, correntes nos portões e muitas placas de venda de moradores que preferiram procurar paz em outra região. "A maioria tenta se proteger do jeito que pode", relatou uma mulher que também não teve a identidade revelada.
"A polícia fez uma vistoria e me aconselhou simplesmente a fazer um seguro da casa", afirmou um terceiro entrevistado. Quando anoitece, o bairro fica deserto. Poucos se arriscam a sair de casa.
Em reunião com a Polícia Militar, os moradores reclamaram da atual situação e pediram que sejam tomadas providências para controlar os assaltos no bairro. "Queremos um módulo policial fixo", reclamou Joci da Silva, um dos organizadores do encontro.
O major Éderson Hartmann disse ao telejornal que o policiamento já foi reforçado e que precisa de mais participação da comunidade para resolver o problema.