Moradores de duas cidades do Sudoeste paranaense se arriscam para pagar um preço mais baixo pelo gás de cozinha na Argentina. A prática é, além de ilegal, muito perigosa. No país vizinho o produto custa a metade do preço praticado no Brasil.
O gás de cozinha argentino é contrabandeado e recarregado de forma manual e clandestina. Uma reportagem do telejornal ParanáTV, 2.ª edição, flagrou os moradores de Santo Antônio do Sudoeste e de Barracão buscando o produto no país vizinho.
O contrabando pode acontecer atravessando apenas uma rua ou cruzando um córrego. A Receita Federal afirma que não tem gente para fiscalizar o contrabando de gás de cozinha na fronteira do Brasil com a Argentina.
Na área rural desses municípios acontece a maior parte dos contrabandos. Existem aproximadamente 100 quilômetros de fronteira entre Brasil e Argentina. Boa parte de fronteira seca. Centenas de estradas rurais cruzam a rodovia e é fácil passar de um país para outro em poucos minutos.
Na Argentina, os botijões são menores que os usados no Brasil. Os botijões brasileiros são carregados de forma manual, o gás argentino é passado de mangueira para os botijões brasileiros de forma bastante perigosa. Até oito botijões são recarregados de cada vez. "Se estourar, estoura uai", disse um dos funcionários ouvidos pela reportagem.