Moradores de Curitiba e região – em especial dos bairros Ahú, Barreirinha e Santa Cândida – tiveram uma manhã de quinta-feira complicada após o vendaval desta madrugada. A falta de energia elétrica e sinal de celular, o trânsito parcialmente bloqueado em algumas ruas importantes e os estragos causados pelas quedas de árvores foram alguns os principais transtornos.
Veja fotos dos estragos causados pelo temporal em Curitiba
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Infográfico: acompanhe a evolução da frente fria pelo estado
Frente fria já passou, levando para SP os ventos que causaram estragos no PR
Leia a matéria completaSegundo a Copel, quase um milhão de pessoas no Paraná tiveram o atendimento prejudicado. Ao todo, apenas na capital, foram 145 solicitações atendidas pela prefeitura de árvores caídas. Durante a madrugada, os ventos causados pela passagem da frente fria chegaram até uma velocidade de 107 km/h e causaram danos em 18 cidades do estado.
A proprietária da Mirra Manipulação, uma farmácia na Avenida Anita Garibaldi, no Ahú, passou a manhã no escuro sem saber o que fazer com os 40 pedidos de fórmulas que precisa entregar ainda nesta quinta. “Sem a balança eletrônica, não consigo fazer os medicamentos manipulados”, explica.
Naquela mesma rua, a empresária Margarida Maria de Araújo Moura corria para fazer funcionar um pequeno gerador e evitar a morte de dezenas de peixes no Pet Shop de sua propriedade. “É um equipamento de pequeno porte. A energia será suficiente apenas para os peixes”. Nos fundos do local, quatro cães aguardavam a volta da energia para serem tosados. Os proprietários já planejavam remanejar os animais e os tosadores para outro lugar, onde pudessem concluir o serviço.
Estragos causados por vendaval afetam serviços públicos em Curitiba
Leia a matéria completaNa Barreinha, Dilmara de Cássio Alves apenas agradecia a Deus por não ter se ferido. Diversas árvores no terreno ao lado da casa dela caíram, destruindo parcialmente um muro e parte do telhado do vizinho. “Nunca tinha visto isso. Foi questão de segundos”. Tão assustado quanto estava o adolescente Marcelo Carvalho Weber. Ele saiu de casa, no Santa Cândida, e teve de caminhar por um quilômetro para conseguir sinal do celular e ter notícias da irmã. “Ela está bem. Mas minha casa está sem telhas e sem energia. Começou as três da manhã e não consegui dormir mais.”
Levando em consideração apenas a região de Curitiba, mais de 70 mil unidades consumidoras de Curitiba ficaram sem energia. Em Pinhais, a situação foi normalizada apenas por volta das 9 horas da manhã – seis horas após o vendaval. Muitos ficaram presos em condomínios cujo acesso se dá exclusivamente por portão eletrônico.
Em toda a cidade, desde cedo, dezenas de semáforos estavam desligados. Por volta das 7 horas, cruzamentos importantes da cidade – como o da Avenida Cândido de Abreu com a Rua Lysimaco Ferreira da Costa – ficaram com os semáforos desligados e sem agentes da Setran para orientar o trânsito. A prefeitura informou que deslocou suas equipes aos cruzamentos mais críticos. Em vias como a Rocha Pombo, por exemplo, havia agentes em três cruzamentos com semáforos desligados. Mas o mesmo não ocorreu na Anita Garibaldi, uma das regiões mais afetadas e na qual a reportagem presenciou cruzamentos sem qualquer controle do tráfego.
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