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Mafitestantes tentaram agredir motociclistas que furaram bloqueio | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Mafitestantes tentaram agredir motociclistas que furaram bloqueio| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O bloqueio deixou o trânsito complicado nas ruas próximas a Avenida das Torres

Moradores da Vila Torres, em Curitiba, bloquearam a Avenida Comendador Franco – também conhecida como Avenida das Torres – por cerca de duas horas nesta sexta-feira (10). Os manifestantes protestavam contra a morte de André Santos das Neves, de 21 anos, morto por policiais militares na madrugada de quinta-feira (9).

A manifestação começou por volta das 17 horas com o fechamento dos dois sentidos da avenida, nas proximidades do Viaduto Colorado. O grupo colocou fogo em uma barreira com pneus montada no meio da pista.

O trânsito ficou complicado nas ruas que cruzam a avenida, como a Brasílio Itiberê e a Guabirotuba. Os reflexos do bloqueio também foram sentidos na Avenida Sete de Setembro, próximo a Rodoferroviária, e na região do Estádio Durval Brito e Silva, estádio do Paraná Clube. Agentes da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) estiveram no local para orientar os motoristas.

Os motociclistas que tentavam furar o bloqueio eram ameaçados com paus e pedras. Um deles chegou a ser agredido. Até um cavalo foi usado para intimidar.

A manifestação só terminou por volta das 19 horas. O sentido São José/Curitiba foi liberado, mas a pista contrária permanecia bloqueada até por volta das 19h30. De acordo com a sala de imprensa da Polícia Militar (PM) policiais estiveram no local durante todo o protesto para garantir a segurança de quem passava pelo trecho.

Morte na Vila Torres

Familiares e moradores acusam policiais militares de terem executado André Santos das Neves, que não teria oferecido resistência, sem motivos. A versão da Polícia Militar dá conta de que os policiais teriam revidado os disparos durante abordagem. Neves não tinha antecedente criminal.

Segundo os moradores e familiares, que não quiseram ser identificados, André dormia no segundo andar do sobrado de sua família com sua namorada, que está grávida de quatro meses. Por volta da 0h30, teria se acordado com os barulhos da porta do seu quarto sendo arrombada por um grupo de policiais, que não tinham mandado de prisão. Assustado, André teria pulado pela janela de seu quarto. Ele teria se entregado, mas foi alvejado.

Já a Polícia Militar alega que André foi baleado na rua. Os policiais militares teriam revidado disparos de escopeta do acusado, que também estaria portando uma metralhadora 9 milímetros, 80 munições, 50 pedras de crack e uma certa quantidade de maconha. Segundo o Major Antônio Zanatta Neto, responsável pelo setor de comunicação da PM, todo o material apreendido foi entregue no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (CIAC), que registra as ocorrências policiais durante a madrugada.

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