Cerca de cem moradores de Pato Bragado, região Oeste do Paraná, fecharam a rodovia PR-495, que corta a cidade, na tarde desta terça-feira (27). Os manifestantes pediram que a polícia resolva urgentemente o caso das três pessoas desaparecidas desde o último sábado.

CARREGANDO :)

De acordo com a Rádio Difusora do Paraná, a manifestação se iniciou às 12h em frente a Câmara de Vereadores, na região central da cidade. Até as 15h, a rodovia era liberada por 15 minutos a cada 15 minutos para os carros passarem pela via. Um abaixo-assinado também foi feito.

O vendedor de carros e motos Euclides Henrique Erzen, de 37 anos, sua filha, de 12, e seu sobrinho, de 2, desapareceram na tarde de sábado quando foram para a cidade de Marechal Cândido Rondon. Na manhã de domingo, o carro em que estavam foi encontrado queimado, e um soldado da Polícia Militar (PM) foi preso acusado de incêndio criminoso.

Publicidade

A polícia iniciou a investigação do caso na manhã de domingo (25), quando a ex-mulher de Erzen, Vânia Araújo Immich, moradora de Pato Bragado, foi até a Companhia da PM de Marechal Cândido Rondon para registrar o desaparecimento do ex-marido. Segundo ela, Erzen costumava sair para passear com as crianças na cidade, mas sempre retornava no mesmo dia. "Desta vez, ela contou que eles haviam saído às 16 horas de sábado, e até a manhã de domingo ainda não haviam voltado", conta o delegado de Marechal Cândido Rondon Ary Nunes Pereira.

Na mesma manhã, o carro do ex-marido de Vânia, um Gol verde com placas de Curitiba, foi encontrado incendiado nas proximidades de um clube de campo da periferia de Marechal Cândido Rondon. Policiais do serviço reservado da PM passaram a fazer patrulhas pelas proximidades. Várias testemunhas disseram ter visto um soldado da PM de Rondon, Almir Soares, rebocando o veículo, no sábado, e, no domingo, comprando gasolina em um posto da cidade, possivelmente o combustível para o incêndio.

Diante das evidências, o soldado foi preso em flagrante, acusado de incêndio criminoso. Ele ainda foi autuado por posse ilegal de munição e posse de apetrecho utilizado para crime, já que foram encontradas em sua casa chaves falsas usadas em roubos de carros. Em depoimento à polícia, o PM disse que só falará à Justiça.

O delegado Antônio Donizete Botelho, que assumiu o comando das investigações do caso na tarde de segunda-feira (26), passou esta tarde colhendo novos depoimentos. Botelho não retornou as ligações da reportagem.

Publicidade