Suspeito da morte de Cauhê é preso
A polícia prendeu na segunda-feira (3) Vanderlei da Rosa Pinheiro, 20 anos, um dos suspeitos de matar o menino Cahuê da Silva da Cruz, de apenas sete anos. De acordo com o delegado que investiga o caso, Fábio Amaro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Curitiba (DHPP), o suspeito trabalharia para um agiota, o real mandante do crime, que quis cobrar uma dívida contraída pela família da vítima alguns dias antes.
O suspeito pelo crime foi preso em São José dos Pinhais, em uma abordagem realizada por policiais militares do 17º Batalhão. Ainda de acordo com a polícia, o suspeito respondia em liberdade por dois homicídios cometidos entre 2013 e 2014. A mãe do criminoso, que tem 45 anos, também foi presa na segunda por ter um mandado de prisão contra ela por tortura.
Nos interrogatórios, o suspeito nega ter participado do crime, mas a polícia garante que tem provas de seu envolvimento. Por enquanto, o delegado Fábio Amaro não pode fornecer outras informações para não prejudicar o andamento das investigações.
Manifestantes fecharam por uma hora a Avenida Comendador Franco (Av. das Torres), na altura da trincheira da rua Chile. O protesto começou às 18h50. Um pouco mais tarde, às 21h, a trincheira que dá acesso à Rua Chile foi liberada.
As duas vias foram bloqueadas com paus, pedras e fogo.
Dezenas de pessoas participam do protesto. Uma faixa pedia: "Justiça pro Kahuê", referência ao menino Cahuê da Silva da Cruz, de apenas sete anos, que morreu no último domingo (2), quando ele e a mãe iam a um mercado da Vila Torres, na Rua Manoel Martins de Abreu -- esquina com Rua Guabirotuba. O garoto chegou a ser socorrido, mas morreu no Hospital Cajuru, segundo a PM. A mãe teve o pé atingido por um tiro, e uma menina de 10 anos, que segue hospitalizada no Cajuru, também.
Nesta quarta-feira (05), manifestantes gritavam e pediam intervenção do poder público no combate a violência na região.
"As pessoas estão todas abatidas [com a violência], principalmente as crianças. Falaram que mãe [de Cahuê] era traficante, mas não era", disse uma moradora que pediu para não ser identificada.
Segundo ela, a família de Cahuê era trabalhadora e vivia de aluguel, mas nunca vendeu drogas.
Com motos, soldados da Polícia Militar acompanharam o protesto de perto. A PM prometeu não intervir, desde que a Rua Chile fosse liberada antes das 21h, o que aconteceu. O Corpo de Bombeiro apagou as chamas que estavam no asfalto.
Crise na vila
A morte de Chauê é a segunda em menos de um mês na Vila Torres. No último dia 13 de outubro, moradores protestaram no local após o assassinato do jovem Felipe Vicente do Nascimento, 16 anos, que se preparava para trabalhar quando um veículo ocupado por dois homens parou no local e os ocupantes atiraram na vítima.
Naquela ocasião, para protestar, manifestantes fecharam o trânsito na Avenida Comendador Franco por 1h30 e atearam fogo em pneus. A manifestação pedia o fim da violência na região.
Segundo os moradores da Vila das Torres, o problema é o mesmo de sempre: guerra entre a gangue de cima e a gangue de baixo. "A gente não pode usar o posto de saúde [localizado no lado de baixo da Avenida das Torres]", afirmou outra moradora.
De acordo com ela, a população do lado de cima não pode caminhar tranquilamente naquela região. "Hoje é a mãe do Cahuê que está chorando, amanhã pode ser eu", protestou.
Confira fotos do protesto
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