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Curitiba

Moradores protestam contra morte de jovens causada pela PM

 | Sossella
(Foto: Sossella)

Moradores do bairro Atuba, em Curitiba, protestaram nesta segunda-feira (19) contra a morte de três jovens no domingo (18) causadas pela Polícia Militar (PM). Imagens exibidas pelo telejornal ParanáTV mostram que foram queimados pneus pelos moradores, que contestam a versão policial de que os jovens reagiram aos PMs.

Clodoaldo Banhado, de 17 anos, Sidnei da Silva, 21, e Jânio da Silva, 25, eram de Colombo, na região metropolitana. Segundo a versão da polícia, os três jovens estavam fumando maconha quando foram abordados. Os rapazes, de acordo com a polícia, estavam armados e reagiram à ação policial. Houve troca de tiros.

Os moradores contestam essa versão e afirmam que os jovens não estavam armados, não reagiram e foram agredidos pelos policiais e depois levados no carro da PM.

O Comando da Polícia Militar afirmou que um inquérito policial foi aberto nesta segunda-feira (19) para investigar a ação dos policiais. O prazo para terminar o inquérito é de 40 dias.

Casos

Essa não foi a primeira vez que uma ação de PMs é contestada por testemunhas, que apontam possíveis abusos de autoridade. Em dois inquéritos policiais militares concluídos neste ano foram constatados que houve excessos e crimes militares cometidos pelos PMs. Com as investigações terminadas, os inquéritos foram encaminhados para Vara da Auditoria da Justiça Militar Estadual onde serão julgados. Os oito policiais envolvidos ficaram afastados das atividades.

Um dos inquéritos apurou as circunstâncias da morte de Felipe Osvaldo da Guarda dos Santos, de 19 anos, no bairro Umbará, em Curitiba. A morte aconteceu em fevereiro deste ano.

Segundo o relatório final do inquérito, foi constatado que houve indício de crime e excesso na conduta dos policiais militares no atendimento à ocorrência, após resistência da vítima. Felipe, conhecido como "Manchinha", de 19 anos, foi morto com 30 tiros, acusado de ter roubado um carro que, na verdade era da mãe dele. Na época, o governador Roberto Requião (PMDB) chegou a afirmar que houve um fuzilamento e comparou a ação dos PMs como um "esquadrão da morte".

Os três PMs – um sargento e dois soldados - que participaram da ocorrência no Umbará, foram retirados das atividades de rua. Além da Justiça Militar, os três PMs acusados serão julgados pela Justiça Comum, pelo homicídio.

Largo da Ordem

O outro inquérito concluído apurou as circunstâncias da morte do pedreiro Edson Elias dos Santos, de 28 anos, que aconteceu no Largo da Ordem, Centro de Curitiba, na noite de 16 de fevereiro de 2007. Santos foi morto com oito tiros, sendo que seis foram nas costas.

Ficou comprovado, pela investigação da PM, que houve indícios de crime militar. Os quatro policiais acusados também foram afastados das atividades de rua para realizar serviços internos no batalhão onde estão lotados.

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