Os cacos de vidro ainda estão espalhados pelos canteiros, mas, aos poucos, as vidas dos moradores do edifício Canoas, em São Conrado, começa a ganhar algum ar de normalidade. O apartamento 1001 explodiu na última segunda, estilhaçando janelas e causando a interdição do prédio. A suspeita é de que tenha acontecido um vazamento de gás. O estado de saúde do alemão Markus Muller, inquilino do apartamento, ainda é considerado grave. Liberados pela Defesa Civil , os moradores têm direito a 20 minutos diários para retirar os pertences de seus apartamentos. O movimento na portaria era intenso na manhã deste sábado e o local acabou se tornando um ponto de encontro e uma central de notícias para quem busca informações sobre estado estrutural da construção.
“O prédio está liberado para as pessoas retirarem seu pertences do dia a dia, como roupas e documentos. Ainda não há previsão para um retorno definitivo dos moradores”, conta Jorge Alexandre, síndico do prédio.
Com a falta de luz, os proprietários utilizam as escadas para chegar aos apartamentos. Todos que entram no edifício utilizam capacetes para evitar acidentes. Moradora do 13.º andar, Ana Lúcia Pinto, que está temporariamente na casa de uma amiga na Barra da Tijuca, conta que já recolheu o que precisava. “Consegui retirar roupas e documentos. Estamos aguardando o resultado da perícia do seguro e o aval da Light e da Cedae para retornarmos. O importante agora é ter paciência”.
O prédio chama a atenção de quem passa pela Rua General Olimpo Mourão Filho. Não é raro flagrar pedestres apontando para o local da explosão e comentando sob as possíveis causas do acidente. Afixado na portaria, um papel avisa para uma missa de ação de graças pela prevenção das vidas, que acontece neste domingo, às 10h, na Paróquia de São Conrado.
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