Hábito vira tema de reunião em Londrina
Em Londrina, o problema dos atropelamentos nas proximidades de passarelas também preocupa. Ontem, em 20 minutos na BR-369, seis pessoas foram flagradas cruzando a rodovia, bem perto de uma passarela. Uma delas é a dona de casa Suzana Nogueira. Empurrando o carrinho com seu filho de 8 meses, ela atravessou a rodovia a 150 metros da passarela. Suzana reconhece o risco. "Mas para ir até a passarela tenho que dar uma volta. É ruim", afirma. Esmeralda Santos Silva dá o bom exemplo: a vendedora anda 400 metros a mais diariamente para utilizar a passarela. Campanhas educativas podem ajudar a evitar os acidentes. O assunto será discutido hoje em reunião no Jardim Tropical. Participam representantes da comunidade, do Ministério Público e do Departamento de Estradas de Rodagem.
Palmeira Oito mortes aconteceram de janeiro a junho no trecho da BR-277 que corta o município de Palmeira, na região dos Campos Gerais, segundo o Corpo de Bombeiros. A rodovia divide os bairros de Rocio 1 e Rocio 2 e possui uma passarela a 500 metros do trecho onde mais ocorrem acidentes. Mas a maioria da população não faz uso dela e se queixa da falta de segurança e iluminação à noite. "É melhor correr o risco na rodovia do que passar na passarela à noite", fala José dos Santos, 48 anos, funcionário da borracharia em frente à via de pedestres.
O quilômetro 169, onde ocorrem os acidentes, registra grande circulação de pessoas. Muitas crianças que estudam em um colégio de um lado da rodovia moram no bairro do outro lado e na maioria das vezes fazem a travessia pela BR. Segundo moradores, a passarela fica fora de mão para atravessar a rodovia. Na opinião do sargento José da Silva Linhares, da 1.ª Companhia da Polícia Rodoviária do Paraná, "quem causa os acidentes são os próprios moradores da região".
O trecho de maior risco possui, além da passarela, um radar que segundo o vereador Sérgio Belich (DEM) estava desativado até esse mês. A população, por meio da Associação de Moradores do Bairro Rocio, enviou, junto com a Câmara de Vereadores, um pedido à concessionária Caminhos do Paraná, responsável pela administração da rodovia, para a instalação de lombadas eletrônicas no local.
Reni Cordeiro, presidente da Associação de Moradores, diz que, além do problema da iluminação, os moradores não usam a passarela por ficar afastada do cruzamento. Segundo o vereador Josiel Caldas (PMDB), caso a consessionária não se manifeste, será organizado uma manifestação. "A comunidade vai fechar a rodovia", diz.
A Caminhos do Paraná informou, por meio da assessoria de imprensa, que foi realizado o Programa Caminhar em 2002/2003 nas escolas próximas da rodovia. Quanto ao pedido de uma nova passarela, a concessionária alega estar aberta a solicitações das lideranças políticas municipais, desde que seja aprovado pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
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