A possibilidade da instalação de um aterro de lixo industrial está preocupando os moradores do município de Marialva, Noroeste do estado, a cerca de 20 quilômetros de Maringá. Há cerca de um ano uma empresa catarinense contratou um estudo de impactos ambientais para viabilizar a implantação do aterro no local, mas somente agora a população soube se tratar de um depósito de lixo industrial.

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A principal dúvida dos moradores é sobre o tipo de lixo que será despejado no local, explicou Milton Campana, vice-presidente da Comissão de Moradores e Proprietários das Estradas Keller, Karaná e Ití, comunidades próximas ao local, onde residem aproximadamente 150 famílias. Segundo ele, a comissão de moradores foi criada para buscar informações e mobilizar a população contra o projeto. "Todos estão preocupados que essa empresa se instale aqui. Os impactos negativos serão maiores que positivos", disse Campana.

A maioria dos agricultores da região é de pequenos proprietários que produzem frutas e verduras in natura. Eles temem que os dejetos possam contaminar as plantações e prejudicar a venda da produção. Os agricultores também alegam que o município de Marialva não produz quantidade significativa de lixo industrial, o que não justifica a instalação do aterro na cidade. "A população e os poderes precisam discutir o assunto, para se possível, não instalar o aterro", afirmou Campana.

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O estudo encomendado pela empresa de Santa Catarina está agora sendo analisado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A Comissão de Moradores espera agora que o projeto seja liberado para consulta pública. "Vamos analisar e contestar caso tenha falhas", disse Campana. Segundo ele, protestos serão organizados, caso haja necessidade.