O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu liberdade provisória para o youtuber Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, detido em Belo Horizonte, no mês de julho de 2022, por proferir ameaças a magistrados da Suprema Corte e a alguns membros do PT, por meio de um vídeo na internet. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (27).
De acordo com o ministro, as diligências realizadas não apontam razões para manutenção da medida. "Assim, considerando o avanço das investigações e a manifestação da Procuradoria-Geral da República, vejo que é possível a substituição da prisão preventiva anteriormente decretada por medidas cautelares", declarou Moraes.
A liberdade provisória somente será garantida com o uso de tornozeleira eletrônica, além da proibição de utilização de redes sociais, o cancelamento de todos os passaportes e o recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana, com proibição de sair do país. Moraes também determinou a suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome do investigado.
Em caso de descumprimento das medidas cautelares, o ministro apontou que o youtuber pode ter a prisão decretada novamente. Na decisão, Moraes também solicitou o envio do processo à Polícia Federal para que, em 30 dias, seja apresentado o relatório final da investigação.
Ivan foi preso por praticar, segundo o ministro, os crimes de associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito ao proferir ameaças e propor a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal e sua expulsão do país.
No vídeo publicado no YouTube, que levou Ivan para cadeia, ele faz menção ao 7 de setembro, e se apresenta como um cidadão de bem, além de fazer ameaças explícitas de violência física desafiando os políticos de esquerda e mandando os ministros do STF saírem do Brasil, ou então seriam “caçados”. Ele cita nominalmente Lula, Gleisi Hoffmann, Marcelo Freixo e ministros do STF como Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre Moraes, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber, a quem se refere como "vadias". "Sumam do Brasil. Nós vamos pendurar vocês de cabeça para baixo", declara.
STF decide sobre atuação da polícia de São Paulo e interfere na gestão de Tarcísio
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora