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Ex-assessor de Bolsonaro

Moraes dá 48h para PF se manifestar sobre uso do celular de Filipe Martins

Moraes dá 48h para PF se manifestar sobre uso do celular de Filipe Martins
A Tim informou ao STF que dados de geolocalização mostram o celular de Filipe Martins no Brasil quando Bolsonaro viajou para os EUA. (Foto: Arthur Max/MRE.)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para a Polícia Federal se manifestar sobre o uso do celular de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quarta (10), a operadora Tim informou à Corte que dados de geolocalização mostraram que o celular de Martins estava no Brasil no dia 30 de dezembro de 2022, data em que Bolsonaro viajou para os Estados Unidos.

Martins está preso desde 8 de fevereiro deste ano por ordem de Moraes, há 153 dias, mesmo com evidências consistentes de que não fez a viagem que motivou sua prisão. A defesa tem apresentado múltiplas provas de que o ex-assessor não estava a bordo do avião presidencial que levou Bolsonaro aos Estados Unidos no final de 2022.

O ministro assinou o documento nesta quarta-feira (10), informou o Poder360. Moraes pede que a PF informe se extraiu os dados registrados no celular de Martins um dia antes da viagem de Bolsonaro aos EUA e um dia depois dos atos de 8 de janeiro de 2023. Ou seja, entre 29 de dezembro de 2022 e 9 de janeiro de 2023.

De acordo com os dados, o celular de Martins esteve, do dia 31 de dezembro de 2022 até o dia 9 de janeiro de 2023, em Ponta Grossa (PR), mesma cidade onde ele foi preso em fevereiro deste ano. A empresa aérea Latam já confirmou que o ex-assessor embarcou para Curitiba (PR) no dia 31 de dezembro de 2022.

Após a PF apresentar as informações, Moraes fixou prazo de cinco dias para que a defesa de Martins e a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestem. Em março, a PGR emitiu um parecer favorável à liberdade provisória de Martins, mas Moraes não acatou a recomendação. "A pretensão de relaxamento da custódia parece reunir suficientes razões práticas e jurídicas", disse o órgão.

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