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Noqueira em 2009, durtante as celebrações de 90 anos da Gazeta | Antonio Costa/Arquivo/Gazeta do Povo
Noqueira em 2009, durtante as celebrações de 90 anos da Gazeta| Foto: Antonio Costa/Arquivo/Gazeta do Povo

Antonio Nunes Nogueira, jornalista, morreu nessa quinta-feira (19), aos 73 anos, em Curitiba, de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Profissional da velha guarda do jornalismo paranaense, com passagens por assessorias de comunicação do Estado e pela locução de Turfe no Jóquei Clube, Nogueira chegou em 1966 à Gazeta do Povo. Dos 36 anos de carteira assinada que viveu na publicação, 24 foram dedicados ao cargo de chefe de redação com tarefas como a edição da capa e a escolha da manchete e dos destaques.

"Ele foi do tempo do jornalismo romântico, quando se sabia a hora de entrar na redação, mas não a hora de sair", recorda seu amigo e companheiro de trabalho, Nelson de Souza.

Por 30 anos, lembra ele, estiveram lado a lado no cumprimento das tarefas de oferecer um bom jornal para os paranaenses. Entre as histórias, o batucar ritmado e ágil na máquina de escrever ficará na lembrança. "Nogueira levava a sério a profissão como jornalista", declara Souza. Ficou à frente da redação até 2002.

Para o presidente executivo do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom), Guilherme Döring Cunha Pereira, Nogueira foi uma peça-chave no processo de reformulação e transição que a Gazeta do Povo passou em 1999. "Sempre foi um profissional muito reflexivo demonstrando um conhecimento ímpar do estado e dos valores da empresa". Fez parte do grupo de profissionais que compreenderam a necessidade da modernização.

Fidelidade

Outra faceta do jornalista é lembrada pela família e amigos próximos. Nogueira era uma pessoa agregadora. Membro atuante da Confraria do Antoninho, era ele que organizava os encontros semanais da velha guarda do jornalismo. Às terças-feiras, matava as saudades e relembrava o passado com os ex-gazeteanos. Atualmente, eram dez integrantes. Os encontros eram às 19h30 em frente da entrada da Gazeta do Povo, na Praça Carlos Gomes. O destino do comes e bebes só ele sabia. "Era uma pessoa muito sentimental e divertida; muito fiel aos amigos", lembra o jornalista Hernani Vieira. Às sextas-feiras, também costumava organizar outra leva de bate-papo com amigos da velha guarda do jornalismo.

Em 2013, completou Bodas de Ouro com Nilce. Foi uma festa perfeita, lembra a filha Luciana de Fátima Nogueira, também jornalista. Em família, fazia questão de estar com todos nos almoços de domingo e no período de férias. "O jornal tomava seu tempo, mas quando era férias, era férias". Nesses momentos, era o pai que dirigia quilômetros e quilômetros para encontrar um destino digno de curiosidades.

Outra filha, Elizabeth de Fátima Nogueira Calmon de Passos, juíza de direito, lembra dos roteiros que buscavam destacar aspectos históricos, geográficos e culturais. O passeio ao Pantanal foi um dos melhores, recorda-se.

Nogueira também era muito religioso. Frequentava as missas de domingo na Igreja do Cabral, com chuva ou sol. Se os filhos não fossem juntos, ia sozinho, conta Elizabeth. Pela devoção à Nossa Senhora de Fátima as três filhas – Elisabeth de Fátima, 49 anos, Luciana de Fátima Nogueira, 45 anos e Adriana de Fátima Nogueira, 43 anos – levam no nome a homenagem à santa.

Além das filhas, Nogueira deixa também a viúva Nilce Batista Nogueira, o filho Luís Antonio Nunes Nogueira, 47 anos, e cinco netos, Priscilla, Camilla, Bárbara, Antônio Victor e Sophie Nicole.

Enterro

Será hoje (20), às 11 h, no Cemitério Água Verde (Praça Sagrado Coração de Jesus, s/n, Água Verde).

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