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Perdas nas artes

Morre Fernando Torres

Fernanda Montenegro e Fernando Torres, casados desde 1952 | Divulgação Agência O Globo
Fernanda Montenegro e Fernando Torres, casados desde 1952 (Foto: Divulgação Agência O Globo)

Rio de Janeiro - Morreu às 14h30 de ontem, em seu apartamento, em Ipanema, Zona Sul do Rio, o ator Fernando Torres, aos 80 anos. Segundo amigos da família, o marido da atriz Fernanda Montenegro foi vítima de enfisema pulmonar. O corpo será cremado em data não divulgada.

No dia 22 de agosto, ao lado da mulher e dos filhos, a atriz Fernanda Torres e o cineasta Cláudio Torres, o ator fez sua última aparição pública ao prestigiar exposição de fotos em sua homenagem no restaurante La Fiorentina, no Leme.

Nascido no Rio em 14 de novembro de 1927, Fernando Torres foi locutor da Rádio MEC, onde conheceu Fernanda Montenegro, com quem viria a se casar em 1952. Na rádio, criou o programa Falando de cinema, em parceria com Fernanda.

Ele estreou no teatro em 1949 na peça A dama da madrugada, que tinha no elenco outra estreante de peso, Nathalia Timberg. Participou dos anos de ouro do teatro brasileiro, integrando grandes companhias como o Teatro Brasileiro de Comédia, a Companhia Eva Todor e o Teatro Maria Della Costa. Fernando também fundou o Teatro dos Sete com Fernanda, Sérgio Britto e Gianni Ratto, onde produziu e dirigiu peças como O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues, que lhe valeu um prêmio de diretor-revelação em 1961.

Em 1972 recebeu um Prêmio Moliére especial por O interrogatório. Em 1973, ele e Fernanda foram impedidos pela ditadura de encenar a peça Calabar, com a produção toda pronta.

No cinema atuou em Em busca do tesouro e Jerry, a grande parada (1967); Golias contra o homem das bolinhas (1969); A penúltima donzela (1969); Os inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade; O beijo da mulher-aranha (1984), de Hector Babenco; Veja esta canção (1994), de Carlos Diegues; A ostra e o vento (1997), de Walter Lima Jr, que teve cenas filmadas na Ilha do Mel, em Paranaguá; Ação entre amigos (1998); e Redentor (2004), filme de estréia de seu filho Cláudio Torres.

Na TV, atuou em Laços de família (Globo, 2000), Zazá (Globo, 1997), Amor com amor se paga (Globo, 1984), Louco amor (Globo, 1983), Sétimo sentido (Globo, 1982), Terras do sem-fim (Globo, 1981), Baila comigo (Globo, 1981) e Simplesmente Maria (Tupi, 1970).

Em 14 de novembro do ano passado, ao completar 80 anos de idade e 60 de carreira, recebeu de presente da família uma exposição comemorativa no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio.

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