Morreu, no início da tarde desta quinta-feira (29), no Hospital Evangélico, em Curitiba, Nayane Sodré, de 19 anos, uma das vítimas de uma bomba jogada em uma casa em Quitandinha, região metropolitana de Curitiba, no último dia 20 de janeiro.

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O estado de saúde de Nayane piorou na segunda-feira (26), quando voltou à UTI por complicações causadas pelas queimaduras. Ela teve 30% do corpo queimado e, por ter bronquite, as funções pulmonares dela foram prejudicadas.

Outras duas pessoas seguem internadas, entre elas a filha de 9 meses de Nayane. O marido de Nayane, Luiz Renato Sodré, 25 anos, recebeu alta na terça-feira (27). Outros dois feridos no incêndio tiveram queimaduras leves.

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Gangue Incendiária

A morte de Nayane Sodré foi causada por uma gangue que atirou bombas incendiárias em pelo menos quatro casas do bairro Colônia Pangaré, em Quitandinha, desde o fim do ano passado, causando medo na cidade.

As seis vítimas do incêndio que vitimou a jovem estavam reunidas na casa de Eliel Zaleski e Patrícia Sodré. O casal preparou um jantar para parentes: Nayane, Luiz Renato e a pequena Lorena, de 9 meses de idade. Douglas, de 6 anos, filho de Patrícia e Eliel, convenceu todos a assistirem a um filme na tevê.

De repente, uma bomba caseira rompeu a janela, causou um clarão e bateu nas costas de Luiz Renato. Ele estava com o bebê de nove meses no colo. A casa da família Zaleski, feita principalmente de madeira, foi totalmente destruída.

Num dos outros ataques da gangue, foi destruído um excedente de doações, que inicialmente haviam sido remetidas para ajudar as vítimas das chuvas de Santa Catarina, no final de dezembro. Um contêiner inteiro se perdeu.

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Na semana seguinte, a gangue teria jogado outra bomba incendiária em uma oficina mecânica ao lado da igreja em plena luz do dia. O fogo foi rapidamente contido por vizinhos. Há três semanas, outro ataque. Dessa vez no Colégio Estadual Eleutério Fernandes de Andrade. Uma bomba foi jogada em uma sala de aula durante a madrugada. O incêndio apenas danificou uma cortina e fez um buraco no piso de madeira.

Após o incêndio na residência dos Zaleski, a polícia de Quitandinha prendeu dois suspeitos do crime, que permanecem presos. Um terceiro, adolescente, foi ouvido, mas liberado em seguida. Segundo a polícia, mais dois envolvidos no caso deverão ter a prisão preventiva decretada nos próximos dias.