Cronologia
Em seus 87 anos de vida, Ivo Arzua se destacou como engenheiro, político e como benfeitor da Santa Casa de Curitiba.
1925 nasce em 29 de abril em Palmeira, no interior do Paraná, Ivo Arzua Pereira.
1948 forma-se engenheiro civil pela Universidade Federal do Paraná.
1953 foi encarregado pelo governador Bento Munhoz da Rocha Neto de tocar, como engenheiro responsável, a construção do Palácio Iguaçu.
1962 a 1967 como prefeito de Curitiba, criou o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (IPPUC) e um novo plano diretor para a cidade. Foi responsável pelo alargamento das ruas Mal. Deodoro, Mal. Floriano e da XV de Novembro. Criou o primeiro espaço exclusivo para uso dos pedestres na Travessa Oliveira Belo, entre a Praça Zacarias e a Avenida Luiz Xavier.
1967 a 1969 foi ministro da Agricultura, quando criou três institutos de pesquisa e desenvolveu o primeiro avião agrícola nacional.
Foi professor da UFPR e da PUCPR e autor de diversas obras.
Durante muitos anos foi provedor da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.
Morreu neste domingo (9), aos 87 anos, o ex-prefeito de Curitiba (1962 - 1967) e ex-ministro da Agricultura (1967 - 1969) Ivo Arzua Pereira. O engenheiro civil e administrador sofreu um infarto fulminante, por volta das 19h15, em casa. O sepultamento será às 17 horas no Cemitério Municipal de Curitiba. O velório ocorre na capela 2, no mesmo local.
Segundo informações da filha, Elaine Maria Sotto Maior Pereira, Arzua tinha problemas de saúde, mas estava bem. "Ele tomava remédios para o coração e contra a diabete", diz.
Planejador urbano
Arzua foi o catalizador das ideias que revisaram o Plano Agache de 1943 e deram origem ao que pode ser considerado o segundo Plano Diretor da cidade, instituído durante sua gestão.
Suas obras mais importantes se concentraram no alargamento das ruas Marechal Deodoro e Marechal Floriano e da própria Rua Quinze de Novembro. Criou o espaço exclusivo para uso dos pedestres na Travessa Oliveira Belo, entre a Praça Zacarias e a Avenida Luiz Xavier, cuja denominação original voltou na sua gestão.
Arzua também foi ministro da Agricultura do governo de Costa e Silva, quando assinou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que recrudesceu a ditadura no país, em 13 de dezembro de 1968. Ele foi um dos 19 que assinou o ato, mas apresentou seu voto por escrito e condicionado a vários termos, conta. Entre eles, que o ato fosse de curta duração, como relembra em entrevista à Gazeta do Povo em 2008 na séria que falou sobre os 40 anos do ato.
Em uma das suas últimas entrevistas à Gazeta do Povo, por ocasião do aniversário de Curitiba em 2011, criticava o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), criado no seu governo, por não ter procurado a população para discutir as intervenções, em um diálogo aberto e democrático. Apontava também à falta de atenção ao saneamento e à correta drenagem de solo como prioridades.
Recentemente, Arzua deu entrevista ao jornalista Fernando Parracho no programa Passado e Presente da ÓTv.
Luto oficial
Em nota, o atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, decretou luto oficial na capital por três dias por causa do falecimento de Ivo Arzua. Ducci lamentou a morte daquele que, segundo ele, está entre "os grandes prefeitos da história desta cidade" que "honrou a prefeitura de Curitiba no exercício de seu mandato".
Confira em áudio o ex-prefeito Ivo Arzua relembrando os desafios do planejamento de Curitiba:
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