Por três décadas, as colunas do médico Ruy Noronha Miranda fizeram parte das páginas da Gazeta do Povo. Hoje, o jornal publica o último artigo do professor e idealizador da Fundação Pró-Hansen, entidade que no mês de julho completa 20 anos. Ontem à tarde, por volta das 16 horas, Miranda morreu de pneumonia, aos 95 anos, depois de uma hospitalização de dez dias decorrente de uma queda. Nascido no Rio Grande do Sul, era filho de militar e, por isso, veio morar em Curitiba ainda jovem. Aqui, cursou a faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde formou-se em 1939.
Segundo a presidente executiva da Fundação Pró-Hansen, Ivone Dechant, sucessora de Miranda na direção do instituto desde 2007, sua vida profissional sempre foi dedicada às causas da hanseníase. A formação da instituição filantrópica idealizada por ele e por uma equipe de pesquisadores, em 1990, surgiu com o intuito de investir em pesquisa, ensino e assistência médico-social.
Entre tantos cargos e títulos recebidos, Miranda foi professor emérito da UFPR, presidente da Academia Paranaense de Letras (1954-1956), vice-presidente da Associação Médica Brasileira e chefe do Centro de Estudos Leprológicos Souza Araújo da UFPR (1960-1983). Ele deixa a filha Zea Gradoswski Miranda Ratton, cinco netos e bisnetos.
Serviço:
O velório ocorre na Capela da Luz, número 4, no Cemitério Funerário Municipal. O enterro está marcado para as 16h, no mesmo cemitério. Leia a última coluna de Ruy Miranda na página 10, no caderno de Classificados.